Zézinho esteve, esta quinta-feira, no programa “Goucha”, na TVI, e falou sobre a sua infância, marcada pelo alcoolismo do pai.
O ex-concorrente de “O Triângulo” referiu que era “pequenino” quando se apercebeu que a mãe “andava bastante triste”: “O facto de sairmos de casa a correr foi quando eu me apercebi que a situação estava mais grave”.
“Era miúdo, mas já conseguia perceber as coisas, como se calhar qualquer miúdo de nove e 10 anos já consegue ter a mentalidade de perceber que é errado e que estão a fazer mal à nossa mãe”, disse Zézinho, que admitiu que, na altura, acabava por questionar o porquê de não irem para casa.
“Andávamos sempre no tal ‘por favor’ na casa das pessoas e muitas das pessoas fechavam-nos a porta. Eu era pequenino, mas lembro-me bem das palavras que diziam à minha mãe… a própria família”, contou, referindo-se a “família muito próxima”. “Na altura em que a minha mãe estava bem – ela já teve quatro cafés e esteve bem a nível de posses -, ajudou bastante e mesmo essas pessoas que ajudámos bastante nos fecharam as portas”, continuou.
Zézinho explicou que sentia “medo” em ir para casa, mas que “queria ir para casa na mesma”: “Era um bocado confuso e, na altura, no futebol, lembro-me de que o meu pai era sempre a pessoa que ia ver os jogos e tudo e, depois, as pessoas perguntavam por que o meu pai não veio e, às vezes, perguntavam à minha mãe. Havia ali uma confusão e um medo enorme e a tal vergonha”.
“Tínhamos a tal vergonha de mostrar o que se estava a passar”, revelou. “Agora, tenho 21 anos e sei que as pessoas pensam que é vergonhoso, mas, realmente, não é vergonhoso aquilo que estão a passar! Acho que as pessoas, se estiverem, realmente, a passar por uma situação dessas, devem expor e serem ajudadas por profissionais e por familiares que gostam deles”, rematou Zézinho.
Veja aqui uma parte da conversa.
