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Pedro Fernandes faz sentido desabafo: “Não fui almoçar com o Pedro porque tive medo”

A Televisão
3 min leitura

Pedro Fernandes partilhou hoje uma desabafo nas redes sociais sobre a forma como lidou com o facto de ter que fazer uma emissão de 6 horas, em direto na TVI, pouco depois de ter sabido da morte do amigo Pedro Lima.

No arranque e no final da emissão solidária, que contou também com a apresentação de Fátima Lopes, o apresentador deixou uma sentida homenagem ao ator.

Esta segunda-feira, fez uma reflexão sobre esse dia. “Sábado foi um dos dias mais difíceis da minha vida e seguramente o dia mais difícil da minha vida profissional. Nada nos prepara para receber a notícia da morte de um amigo a poucos minutos de irmos para o ar para fazer uma emissão em directo de quase 6 horas”, começa por escrever.

“A depressão esconde-se quase sempre atrás de um sorriso e o Pedro tinha dos sorrisos mais bonitos que conheci. Não consegui ver para lá desse sorriso e isso vai atormentar-me para sempre. Que nos sirva de lição. Temos de estar atentos aos mais pequenos sinais e estender logo a mão. Esta pandemia que afasta amigos e familiares sufoca-nos aos poucos. Economicamente, socialmente e afectivamente. Deixámos de beijar, de abraçar, de ir beber um copo, de ir jantar fora, de receber amigos em casa. Deixámos de viver. E nós queremos viver”, reflete.

O radialista fala ainda sobre um almoço com Pedro Lima que recusou ir há duas semanas.

“Não fui almoçar com o Pedro há 2 semanas porque tive medo e fiquei em casa. Não sei se isso teria mudado alguma coisa… Mas nós não podemos viver com medo. Não estou com isto a dizer que se deva voltar à normalidade e arriscar. Essa normalidade não existe nem pode existir para bem de todos. Acho é que temos de ser mais equilibrados na forma de lidar com este vírus. Respeitar o distanciamento social e as medidas de segurança recomendadas sim. Ficar fechado em casa e deixar de viver, não. Isso pode ter consequências catastróficas”.

Por fim, Pedro Fernandes deixa um apelo e um agradecimento especial a Fátima Lopes.

“E também por isso sabia que tinha de apresentar aquela emissão. A ajuda não podia parar. E não parou. Muitas pessoas estão a passar por dificuldades e é nossa obrigação ajudar o maior número possível. É um momento difícil para todos, de grande fragilidade e ninguém pode ficar sozinho. Eu não estive sozinho. Sabia que tinha ao meu lado alguém que nunca me ia deixar cair. Obrigado Fátima Lopes. Não nos conhecemos há muito tempo mas sei que és uma pessoa com quem quero estar mais vezes e abraçar, sair, almoçar. Chega de adiar. O medo não pode vencer. “Abracem” já os que ainda estão vivos. Descansa em paz meu irmão”, remata.

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