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Nininho Vaz Maia fala das tradições da etnia cigana: “Não imagino a minha filha a casar aos 14 anos”

A Televisão
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Manuel Luís Goucha recebeu no seu programa da TVI o cantor Nininho Vaz Maia. O artista falou sobre a sua carreira e o facto de ser da etnia cigana.

Nininho Vaz Maia foi o convidado desta sexta-feira, dia 2, de Manuel Luís Goucha. O cantor abriu o coração para falar sobre a carreira e das portas que viu serem fechadas por ser da etnia cigana.

Para mim é ser uma pessoa completamente igual a qualquer outra“, começa por dizer o artista.

Só depois de começar a cantar é que comecei a perceber que era um bocado diferente. Tinha algumas [portas] fechadas. A mim não me mandam para baixo, mandam-me para cima. Não me posso queixar, sou um privilegiado. O meu estilo musical fez mudar muita mentalidade e quando digo que sou um privilegiado, sou porque tenho o carinho de toda a gente“, acrescenta.

Nininho Vaz Maia acredita que algumas coisas estão a mudar sobre este assunto. “Somos uma etnia, uma cultura fechada e vai por aí. Somos das culturas mais fechadas e leva o seu tempo“, explica ao apresentador.

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Em determinada altura da conversa, o cantor falou sobre algumas tradições da etnia, como os casamentos prometidos. “Estarmos prometidos é uma tradição e acho que até é bonito. E não se casa sem gostar. Tenho muitos primos que foram prometidos e ainda estavam na barriga da mãe. Mas é uma tradição, é nosso. Com 10, 11, a idade que for, é só perceber o que é amor e o que é gostar de alguém, uma rapariga vai perceber se gosta do noivo, se não gosta, não casa…“, esclarece.

Sobre os seus filhos, Nininho Vaz Maia afirma: “Quero que os meus filhos sejam felizes, independentes. E vão ter essa educação de saber escolher com quem querem ficar“.

Ao abordar as tradições da etnia, o artista refere que não concorda com todas. “Claro que não [concordo com algumas das tradições]. Tenho filha, não imagino a minha filha a casar aos 14 anos. Não quero que vejam isso como uma crítica ou que somos nós que fazemos isso às nossas filhas. [Casar] é por livre vontade delas, já vem da educação“, remata.

Veja a entrevista em vídeo aqui, aqui e aqui.

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