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Miguel Vicente fala sobre “má fase” após saída do “Big Brother”: “Acaba por sufocar uma pessoa”

"Agora, tenho um poder de encaixe maior, porque são tantas mensagens que, às vezes, até me rio."

Ana Ramos
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Miguel Vicente foi um dos convidados de Manuel Luís Goucha, na TVI, no programa desta segunda-feira, e falou sobre o impacto da sua participação no “Big Brother 2022”.

“Logo quando saí do ‘Big Brother’, era tanta informação… tanto tempo lá fechado que saí assim um bocado ‘apardalado’. Logo quando isso estava a acontecer, eu não queria admitir, apesar de ter as consultas com a doutora, era algo que eu não queria olhar para aquilo”, recordou o vencedor da última edição do reality show.

“Comecei a sentir isso no mês de março, mas não queria olhar para aquilo dessa forma. Sabia que, se calhar, não estava a passar a melhor fase da minha vida, mas sabia que aquilo se ia recompor. Mas, agora, olhando para trás e vendo aquilo que eu passei, eu vejo que realmente eu não estava em mim. Estava numa fase em que não queria sair de casa, isolei-me”, descreveu Miguel Vicente.

Apesar de confessar que sentir que “muita gente” sentia carinho por si lhe sabia “bem”, Miguel Vicente também sublinhou que “toda a gente queria dar a opinião”: “São tantas opiniões, tanta gente que gosta de si, tanta gente que quer ajudar que sufoca. Os haters aquilo acaba por passar ao lado e até nos dá mais força, depois, a comunicação social que vê um título e distorce, mas é tanta coisa”.

Miguel Vicente defendeu que “foi um choque muito grande” quando saiu do programa: “Aquela parte de as pessoas encontrarem-me na rua, abordarem-me, tirar uma foto, principalmente as crianças, foi algo que me deixou muito satisfeito e preenchia-me o coração. Mas, depois, era tanta gente assim do nada a querer falar consigo e a encontrar-me e mensagens e ligarem-me que acaba por sufocar uma pessoa”.

“Foi, sem dúvida, o maior desafio da minha vida e não o estar dentro da casa, foi o sair. É uma gestão emocional e psicológica tão grande para nós conseguirmos ser sempre fiéis a nós próprios, porque há tantos convites aliciantes, tanta coisa que nos pode deixar ir”, sublinhou Miguel Vicente, referindo que esse aspeto não o “engoliu” pois sempre teve “as pessoas certas” ao seu lado.

Miguel Vicente acredita que passou por uma “má fase” devida a tudo o que aconteceu “ao mesmo tempo”, logo após a sua saída: “Dava-me ansiedade porque tinha muitas coisas para fazer, não paravam de cair convites. (…) Era muita coisa e não consegui gerir”.

“É tudo isso e depois o sentir observado. Sentia-me muito observado, é uma sensação estranha e diferente que eu agora aprendi a lidar. E eu adoro tirar fotos e sou eternamente grato a todas as pessoas que tiram fotos comigo, que eu adoro estar com as pessoas, as crianças”, continuou Miguel Vicente.

“Foi todo o conjunto, foi uma avalanche. Foram muitas coisas que aconteceram ao mesmo tempo”, rematou Miguel Vicente, referindo-se ainda a duas situações que aconteceram na TVI. Essas duas polémicas geraram comentários menos bons e, inclusive, segundo contou, “ameaças de morte” através das redes sociais: “Dizem o que querem, sem escrúpulos, sem dignidade. Agora, tenho um poder de encaixe maior, porque são tantas mensagens que, às vezes, até me rio. É o que é, aprendi a lidar”.

Miguel Vicente confessou que conseguiu ultrapassar essa fase com acompanhamento psicológico e com ferramentas que sempre teve, mas que “não as estava a saber utilizar”: “Vai para o pé das pessoas que te amam, o meu pai, a minha mãe e a minha irmã. E foi o que eu fiz. Fez-me muito bem passar este tempo em Martim Longo, ajudou-me muito a ajudar a voltar a reencontrar-me. Foi uma lufada de ar fresco”.

“Sinto-me a voltar a mim mesmo”, afirmou o ex-concorrente, referindo que, com uma nova edição do “Big Brother” prestes a começar, espera conseguir desvincular-se “um pouco deste rótulo”.

“Valeu a pena! Não voltava a passar pelo mesmo, mas sei que me deu uma bagagem muito grande, autocontrolo, uma inteligência emocional… Sou igual, mas mais maduro”, rematou Miguel Vicente.

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