Maria Rueff foi entrevistada por Manuel Luís Goucha no ‘Conta-me’ deste sábado. A atriz recordou a mãe, o enfarte sofrido no ano passado e não poupou nos elogios à filha.
Maria Rueff abriu o seu coração a Manuel Luís Goucha e confessou que ia falar de algumas coisas que nunca tinha falado em televisão.
A atriz começou por afirmar que para ser um bom ator e comediante tem que esquecer o ego para aparecer a personagem. No entanto, disse que no seu caso é mais fácil porque não é uma pessoa que vive da aparência.
“Não sou uma mulher com muito autoestima, sou muito tímida, o facto de não me ‘amar’ muito ajudou-me. Não sou uma mulher que me preocupo muito esteticamente. Acho que foi essa a sorte que eu tive”, começou por dizer Maria Rueff.
“A comédia é um dom qualquer, como a gente se apaixonar. É uma capacidade de provocar cócegas no outro, que é muito difícil explicar. É algo meio mágico, nasceu comigo ou, se não nasceu, foi a vida…”, acrescentou.
Veio de Moçambique para Portugal com apenas dois anos. A mãe veio primeiro com os seis filhos, enquanto o pai ficou lá fora. Não esquece que a mãe começou do zero cá e, por isso, optou pelo humor e fazer piadas para fazer rir a família que não atravessava uma boa fase.
Maria Rueff admitiu que nem sempre é fácil trabalhar como atriz. Aliás, chegou a representar dias depois de ter ido ao funeral da mãe e do irmão.
“É muito duro, mas é a tal coisa do serviço. Isto também é um privilégio. O meu corpo também já apresentou sinais desse esticar de corda, mas isto só faz sentido se se abraçar assim a 100%, com tudo o que é de bom ou mau“, justificou.
Maria Rueff ficou emocionada ao recordar a mãe: “O meu sonho é chegar-lhe aos calcanhares”. A atriz recordou o enfarte de miocárdio que sofreu e agradece à filha toda a atenção.
“Sabia todos os sintomas, porque o meu irmão teve disso. Pensei que fosse uma trombose e iria ficar paralisada“, desabafou, recordando o dia em que tudo aconteceu.
“Tive muita sorte no processo todo. A minha filha é um mulherão, tratou ela de tudo. Deu-me imensa força. É a primeira vez que estou a falar disto em televisão, isto de facto mexe muito”, admitiu.
Não pensou logo que ia morrer, mas ficou a pensar nisso mais tarde. O seu pior receio de que algo grave pudesse acontecer era deixar a sua filha adolescente. “Só me aflige a ideia de faltar à Laura, de falhar. Como mãe ela ainda precisará da minha presença“, afirmou.
O irmão faleceu repentinamente e, desde aí, aprendeu a dizer “Amo-te” e “fazes-me falta” com frequência. Questionada sobre qual é o palavra que mais gosta, respondeu: generosidade.
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