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Judite Sousa recorda a morte do filho e afirma: “Estava com uma depressão grave…”

Sara Almeida
3 min leitura
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Judite Sousa esteve no programa ‘Goucha’ à conversa com Manuel Luís Goucha e recordou a perda do filho.

Esta quinta-feira, dia 5 de maio, Judite Sousa esteve no programa ‘Goucha’ à conversa com Manuel Luís Goucha e acabou por falar na morte do filho. A jornalista começou por relembrar a personalidade carismática de André.

“Era um ser excecional. Fui muito exigente com ele. Disse-lhe sempre: ‘Tens de ser grande, tens de ter boas notas, ser bom aluno, para teres oportunidades de trabalho que te satisfaçam’. Ele era brilhante, mas tinha de ser exigente com ele”, começou por dizer. Ainda explicou que o filho viveu muito intensamente, viajou para mais de 50 países, era muito sociável e tinha um grande sentido de humor.

No entanto, quando ele morreu, Judite Sousa ficou desamparada e refugiou-se no trabalho. “Quando o André morreu ninguém, nem mesmo os médicos, me disse que tinha de parar de trabalhar para fazer o luto do meu filho. Disseram que devia voltar a trabalhar para me salvar. Vim a perceber mais tarde que o luto devia ter sido feito nessa altura, acabei por fazê-lo nestes últimos três anos”, explicou.

Durante a conversa acabou por ver algumas mensagens de amigos de André, o que a deixou bastante emocionada. “Os meus melhores amigos são estes jovens. Muitos amigos que me acompanhavam há 40 anos viraram-me as costas. Não aguentaram as minhas lágrimas. Só posso ter piedade em relação a essas pessoas. Voltaram-me as costas quando eu estava doente, deprimida. Estava com uma depressão grave”, lamentou.

E quando Manuel Luís Goucha questionou se já tinha pensado pôr termo à vida, Judite Sousa revelou: Sim, houve uma situação que foi pública até foi manchete dos jornais. Acontece com muita frequência quando se dá a morte de um filho porque a morte de um filho não é a mesma coisa que a morte de um primo ou de uma prima, de um pai ou de uma mãe. A morte de um filho tem uma dimensão distinta das outras mortes, nesses casos as pessoas caem numa situação limite, como aconteceu comigo.

Hoje estou completamente curada. Nessa conversa que tive há cinco meses com o meu terapeuta, ele disse: ‘Está impecável, pode seguir.’ Não pensava de todo voltar à televisão. Estava bem, tinha 58 anos, em casa, confortável, via as séries todas da Netflix e viajei”, finalizou.

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