Completa-se 12 meses desde que Cristina Ferreira deixou abruptamente a SIC para regressar à TVI, mas o caminho não tem sido fácil na estação de Queluz de Baixo.
Cristina Ferreira deixou abruptamente a SIC há 12 meses para regressar à TVI, mas os últimos meses não têm sido fácil na estação de Queluz de Baixo. O primeiro ano do seu “reinado” ficou marcado pelas fracas audiências, saída de caras importantes da estação e um litígio com a SIC, que pode chegar à barra do tribunal.
“Foi um ano de crescimento extraordinário”, começa por dizer Cristina Ferreira à Tv Mais. “Estou profundamente feliz na casa que me viu nascer e onde o objetivo é fazer televisão feliz. Não mudava uma vírgula”, garante ainda a diretora de entretenimento e ficção da TVI, do qual detém 2,5% de ações. A apresentadora garante que tem valido sempre a pena: “Desde que estejamos felizes e eu estou”. E nem as notícias que dão conta de que o seu programa diário ‘Cristina ComVida’ tem os dias contados, pois não lidera no seu horário, lhe apagam o seu riso.
Cristina Ferreira faz questão de esclarecer que a sua presença no ecrã com este formato está para durar, até porque o contrato com a produtora obriga-a a estar no mínimo, dois anos em antena. “A perspetiva é ficar no ar por muito tempo”, garante a apresentadora.
Uma fonte ligada ao canal explica à Tv Mais porque é que Cristina Ferreira ainda não desanimou: “Trata-se de uma maratona, não de um sprint. Estes programas precisam de tempo para se consolidarem. Pode não acontecer de um dia para o outro. O horário de acesso à maior franja de público [o chamado nobre] é muito importante mas difícil”.
Apoio total de Mário Ferreira
O atual dono da TVI é um empresário de sucesso, mas ao comprar a Media Capital estava consciente de que não seria fácil ressuscitar uma estação que estava a perder desde a saída de Cristina Ferreira para a SIC. A contratação da estrela não foi em vão e o presidente do Conselho de Administração achou que ela seria capaz de voltar a dar o brilho de outros tempos ao canal de Queluz de Baixo e, de acordo com fonte ligada à TVI, deu-lhe “carta branca para trabalhar.”
“A Cristina tem plenos poderes e reúne-se com frequência com a administração para expor o seu trabalho e os planos para combater a concorrência. Mário Ferreira confia nela. Apesar da pressão que existe, ela não foi posta em causa na direção, mas todos querem resultados”, conta a mesma fonte.
A guerra com a SIC
Cristina Ferreira tem uma batalha para vencer: a das audiências e, até agora, é a SIC quem ganha em toda a linha. A TVI apenas tem conseguido liderar, por vezes, com alguns programas, como aconteceu com a final de ‘All Together Now’, a novela ‘Festa é Festa’ e o ‘Dois às 10’. No último domingo, ‘Amor Acontece’ estreou a liderar. O plano da diretora de entretenimento e ficção ainda não deu os frutos pretendidos e o canal de Queluz de Baixo está longe dos tempos áureos em que José Eduardo Moniz era o responsável.
A estratégia de Cristina Ferreira não está a atingir os objetivos pretendidos pela administração num contrato que dá à apresentadora 2,6 milhões de euros por ano, um salário nunca antes visto na televisão portuguesa.
Zanga com Tony Carreira
Se a relação com Mário Ferreira continua sólida, o mesmo não se pode dizer da amizade com Tony Carreira. Foi Cristina Ferreira que convenceu o cantor a tornar-se acionista do canal de Queluz de Baixo, mas desde o trágico acidente da filha de Tony, Sara Carreira, que a distância entre ambos é notória. “A Cristina sempre gostou muito dos Carreira e isso não se alterou. Na verdade, ela não fez nada com o intuito de os magoar, jamais faria. Houve aqui um mal-entendido”, explicou fonte próxima de ambos.
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