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Ângelo Rodrigues recorda experiência de quase morte: “Sentia-me largado na escuridão”

Ângelo Rodrigues esteve em coma induzido durante o seu internamento de dois meses, após uma infeção na perna, em 2019...

Carolina Pereira
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A emissão do ‘Conta-me’ deste sábado, dia 11 de fevereiro, foi particularmente especial. Ângelo Rodrigues “abriu o coração” a Iva Domingues, com quem manteve uma relação durante seis anos.

A conversa ficou marcada por momentos muito intensos, como as recordações do fim do namoro, e da experiência de quase morte que viveu em agosto de 2019, quando esteve em coma induzido, numa fase crítica do seu internamento devido a uma infeção na perna.

Recebi um telefonema à noite para ir ao hospital porque não sabiam o que ia acontecer. Deitei-me ao teu lado, falei contigo. Fiquei assustada porque as máquinas reagiram. Fiquei sempre na dúvida. Será que ele me ouve?“, recordou Iva Domingues.

Lembro-me da experiência que tive, a experiência de quase morte, tenho um grande apagão dessa semana da minha vida (…) Lembro-me de sentir uma sensação inefável de paz. Sentia-me largado completamente na escuridão. Depois de atravessar o meridiano da morte, lancei a âncora na escuridão e lá só encontrei o vazio. O senhor de todas as coisas, o vazio“, começou por contar o ator.

“Não tinha medo, como disse, sentia uma enorme paz. Não sei se isso é o que chamam as melhoras da morte, mas provavelmente poderá ser isso”, referiu Ângelo Rodrigues.

Queria proclamar a propriedade da minha existência mas ninguém me ouvia. Eu gritava, ninguém me acudia. No meio deste desespero, sentia uma pressão no interior dos lábios, mais tarde percebi que essa sensação era devido à parafernália de aparelhos que garantiam a minha sobrevivência“, recordou.

Iva Domingues foi uma das pessoas que visitou Ângelo Rodrigues todos os dias do seu internamento, para falar com ele. “Quanto às vozes, mesmo sem conseguir ouvir exatamente o que diziam, senti que estavam lá. Acredito que tiveram influência ao trazer-me de novo à vida“, confessou o ator.

Ângelo Rodrigues refletiu então sobre tudo o que mudou na sua vida desde este dramático momento, confessando que a relação com a sua imagem também mudou: “Há sempre a expectativa que uma pessoa tenha todas as respostas do mundo, mas ainda não as tenho. Mergulhei dentro de mim, encontrei um guerreiro e obriguei-o a lutar. Começou uma jornada nova“.

“Antes olhava para o corpo como uma forma de mecanismo de recompensa por uma baixa autoestima. Fui bem sucedido nessa camuflagem. Hoje em dia a atividade física não tem nada a ver com a vaidade, apenas com a disciplina e a resiliência. (…) Sinto-me um pouco mais seguro, mas passamos por tantas flutuações na vida“, completou.

Recorde-se que Ângelo Rodrigues esteve internado no Hospital Garcia de Orta, em Almada, durante dois meses. Passou por vários tratamentos de fisioterapia e algumas intervenções na perna, tendo já passado por um total de 12 cirurgias.

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