Ana Bustorff foi a convidada da grande entrevista de Manuel Luís Goucha, esta segunda-feira, e falou sobre a sua carreira profissional e pessoal.
Ana Bustorff começou por recordar a sua infância feliz, vivida entre o Porto e Lisboa, rodeada pela família.
“Sempre tivemos uma infância ligada à imaginação, lúdica. Sempre fomos estimulados para isso. Fomos livres, com muito amor e muito cuidado pelos outros”, começou por dizer.
A atriz foi mãe aos 21 anos e hoje arrepende-se de não ter sido mais presente, embora o filho não tenha essa opinião. “Fui a mãe que pude ser. Muitas vezes tenho sentimento de culpa, porque acho que nunca se faz tudo completamente bem. Hoje sinto que houve momentos que devia estar mais presente“, afirmou.
De seguida, recordou a morte dos pais. “Foi duro, muito duro”, começou por dizer sobre o assunto, recordando que era muito ligada ao progenitor.
“Foi horrível, foi repentino. Estava a fazer os ‘Morangos com Açúcar. Cai de joelhos e fiquei sem reação. Fui logo para o Porto. Fiquei sem chão. Ficou um buraco que nunca vai fechar“, recordou, salientando que encontrou forças no trabalho, nos amigos e nos irmãos.
Ana Bustorff começou a carreira de atriz aos 17 anos. “A arte dá-me vida, tira-me vida às vezes. É um vício. Cada vez tenho mais medo de ir para o palco. Eu não sou nada segura”, desabafou.
A convidada recordou também alguns colegas que faleceram e Rogério Samora que se encontra a lutar pela vida. Questionada sobre o tumor maligno da bexiga, a atriz garantiu que não lhe passou pela cabeça que ia morrer.
“Era grave, fui operada 10 dias depois de saber o resultado e depois fiz quimioterapia“, contou, recordando que dava força a todos no IPO e divirtia todos os pacientes. A atriz recordou que um dos doentes chegou a dizer-lhe, enquanto os dois faziam quimioterapia, que foi ela quem o salvou por animá-lo durante o tratamento.
Leia também: Ana Bustorff e Inês Herédia sem preconceitos. Atrizes posam nuas e falam do assunto
