Daniel Oliveira esteve à conversa com Rui Nabeiro no programa ‘Alta Definição’. O comendador abriu o coração e falou sobre vários assuntos que marcaram a sua vida.
Rui Nabeiro esteve à conversa com Daniel Oliveira no programa ‘Alta Definição’. O comendador falou sobre vários assuntos pessoais e contou alguns dos momentos que mais marcaram a sua vida.
“Sonhava em dar estabilidade à minha mãezinha. O filho que estava focado para a vida era eu e estava sempre disponível“, começou por afirmar, confessando que foi sempre muito dedicado ao trabalho.
“Sonhava como é que havia de dar a volta a esta carência e consegui“, frisa, referindo-se à terra que o viu nascer e onde, atualmente, a Delta dá emprego a muitas famílias: Campo Maior.
Porém, a vida de Rui Nabeiro foi marcada por uma luta intensa desde muito cedo. “Entregava todo o dinheiro que ganhava à minha mãe. Como tinha de me levantar às 4h da manhã, não tinha tempo para grandes paródias e para gastar dinheiro“, lembra. “A minha mãe era uma santa, uma pessoa extraordinária. No meu gabinete está sempre à minha frente – tenho uma fotografia. É uma questão de formação, de sermos reconhecidos. Não fui eu que fiz a eles, foi eles que me fizeram a mim”, frisa.
Atualmente conta com o apoio dos filhos e dos netos na empresa, mas ainda assim Rui Nabeiro não pensar em reformar-se. Todos os dias visita a fábrica. “Sou um homem reformado por natureza, servi o tio, servi os pais. Estou na fábrica, se quiser sair, saio. Mas era sempre o primeiro a entrar e o último a sair”, explica.
Aos 90 anos, a principal saudade que o empresário sente é a de “poder viver mais tempo, porque tem amor à vida”. “A minha saudade é saúde, é a família”, garante.
“A vida passa a correr”
Questionado sobre o legado que gostaria de deixar, Rui Nabeiro respondeu: “A amizade, o respeito e o carinho. A vida passa a correr e o que desejo que aconteça é que a empresa continue a ser uma empresa familiar, forte e capaz de lutar, servindo a mim, aos meus e aos outros“.
“Quero ser uma referência como pessoa”
“Quero ser uma referência como pessoa. Pus as pessoas a ter trabalho e condições. A gratidão é só um obrigado“, afirma, contando que gostaria de ser uma inspiração para as futuras gerações.
“Se me reconhecerem é bom, se me considerarem um exemplo, é melhor”, conclui.
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