Segundo Piet-Hein Bakker, este formato “não é um concurso nem um reality show, está algures no meio e é aí que está o segredo” do programa, que nos Estados Unidos tem tido muito sucesso e também polémica, devido às questões que são colocadas aos participantes. Depois de se inscreverem, os concorrentes conversam com a produção, que faz um perfil sobre cada um, contando também com conversas com amigos e familiares do participante – contactos fornecidos pelo próprio. A partir do perfil, são elaboradas 50 questões a que o concorrente responde, ligado a um polígrafo. Destas, são escolhidas 21 que serão feitas no programa. “A pessoa já sabe quais as questões que lhe vão fazer. Só não sabe é quais as que foram seleccionadas e qual o resultado do polígrafo”, afirma Teresa Guilherme.
A partir daqui, o candidato tem de ultrapassar seis níveis de dificuldade, começando nos mil euros. O último patamar corresponde aos 250 mil euros. “À medida que sobe de nível, as perguntas vão ficando mais difíceis de responder em público”, salienta Teresa Guilherme, acrescentando que, “se o concorrente disser uma mentira, perde”. O participante pode convidar para o programa familiares e amigos, que podem optar por não ouvir uma das suas respostas, através de um botão que estará colocado à sua frente, mas só uma vez.
Salientando que este é um programa sobre os “sentimentos das pessoas”, Teresa Guilherme exemplificou algumas das perguntas que podem ser colocadas aos concorrentes. “Acha que é melhor mãe para os seus filhos do que a sua mãe era para si?” é uma das questões.
Acreditando que “o sucesso do programa está no público”, e que será necessário “esperar para ver”, Teresa Guilherme terá a concorrência de Júlia Pinheiro na TVI, que vai também apresentar um programa com um polígrafo, mas com um carácter mais informativo, intitulado Factos em Directo.