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Daniel Oliveira reage a “guerra” com Cristina Ferreira e TVI: “Quando um não quer, dois não brincam”

A Televisão
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Daniel Oliveira esteve na apresentação da grelha de verão da SIC, que aconteceu esta quinta-feira, 7 de julho, e falou sobre a guerra de audiências entre o canal de Paço de Arcos e a TVI.

Daniel Oliveira quebrou o silêncio sobre a guerra de audiências entre a SIC e a TVI, nomeadamente ao facto de Cristina Ferreira e o canal de Queluz de Baixo celebrarem as suas vitórias diariamente.

Na apresentação à imprensa da grelha de verão da SIC, que aconteceu esta quinta-feira, 7 de julho, em Cascais, o diretor-geral de Entretenimento da Impresa recordou a aposta forte da TVI no ‘Big Brother’, em janeiro e o festejo a meio do mês de abril da concorrente. “Tivemos o nosso principal concorrente a meio de abril a festejar o mês nas suas páginas oficiais. Está escrito”, recorda, e assume: “Não há nenhuma picardia com a Cristina ou com a TVI”.

Daniel Oliveira garante que as apostas da TVI, entre janeiro e abril, com várias edições do ‘Big Brother’ e a transmissão de partidas de futebol de importância, não deixou os responsáveis da SIC à beira de um ataque de nervos.

O que preocupou a equipa da SIC foi o ataque pirata na primeira semana do ano. “No início do ano, tivemos um desafio gigantesco, que teve a ver com ataque informático que aconteceu no dia 2 de janeiro e que mudou uma série de procedimentos e de formas de trabalhar. Numa altura particular do mercado televisivo, com apostas fortes do nosso concorrente, tivemos de reagir quase de modo analógico”, confessa Daniel Oliveira.

O diretor de Programas da SIC assume que não foram tempos fáceis, mas a sua equipa conseguiu aguentar. “Estendo esses primeiros seis meses, com especial incidência no mês de abril, em que houve jogos muito fortes de futebol por parte da concorrência, acrescido de um orçamento forte na grelha, isso está à vista, que tinha como claro objetivo passar a SIC”, reconhece, frisando que não entrou em pânicos e começou a mudar a grelha para combater a TVI.

“O que fizemos foi continuar a olhar para a nossa estratégia, sem a alterar. Isso acho que foi fundamental: não alterar o rumo que tínhamos traçado, em função de circunstâncias, de resultados que pudessem impactar em algum tipo de mudança. A concorrência, e o mercado concorrencial, obriga todos os agentes do mercado a rever procedimentos. E, se for caso disso, a estar mais atentos a determinados setores e a determinadas zonas de grelhas concorrentes, que tem um investimento diferente e temos que olhar para isso com um olhar diferente”, garante.

Daniel Oliveira assume que “a informação teve um papel importante nesta estratégia. Mas nós na SIC não olhamos para a informação e para os programas. Nós temos uma só SIC. Não temos esse tipo de divisão. Estamos completamente alinhados nos propósitos e na forma de trabalhar e não olhamos para a SIC em diversas SIC’s. A SIC é só uma! A estratégia de informação e programas é comum, é partilhada e é permanente. A forma como tudo isso se liga para nós é o mais importante, sem nenhum tipo de divisão”, afirma.

A guerra das audiências

Outra dos temas que preocupa Daniel Oliveira são as audiências. “Muitas vezes olhamos para um programa que não obtém uma liderança e aquelas 600 ou 700 mil pessoas que viram o programa, mesmo ele não liderando, na análise que se faz é como se elas não existissem, como se essas 700 mil pessoas não contribuíssem para o resultado global da estação. Obviamente que contribuem e contribuem muito. São 700 mil, mesmo que do outro lado possa haver 701 mil. E o que se diz é que o programa X perdeu e o Y ganhou por mil, mas as 700 mil pessoas do X são muito relevantes”, recorda.

E dá um exemplo: “Quando vocês fazem o histórico de quem ganhou o dia, o mês ou o ano, quem está no histórico foi quem venceu. E nos últimos 41 meses o vencedor é claro, é a SIC. Quando uma equipa de futebol ganha por 1 a 0, dá os mesmos pontos no final que daria se ganhasse por 5-0”.

Medo do ‘Big Brother’?

A TVI apostou em três edições consecutivas do ‘Big Brother’ e em setembro estreia uma nova edição. Daniel Oliveira garante ter estado tranquilo com estas apostas de Cristina Ferreira. “O ‘Big Brother’ não nos obrigou a repensar estratégias, mantivemos a estratégia que tínhamos. Mantivemos os programas que tínhamos previsto, mantivemos as novelas previstas”, explica.

E revela o que fez para combater o reality show“Fizemos acertos pontuais, que tiveram a ver com as nossas circunstâncias. O mercado da televisão generalista não combate só entre si, combate também com tudo o resto. Tivemos grande entretenimento ao sábado que era uma grande aposta nossa e que há muito tempo não havia e nós quisemos manter essa aposta ao sábado”.

“A posição de liderança é, para nós, importante, na medida em que queremos estar com o maior número de espectadores possível e é isso que importa. As contas, para nós, fazem-se ao ano e ao mês. Eu sei que vivemos um contexto em que existe quase um dérbi todos os dias e isso alimenta os sites. Eu percebo esse contexto todo, joga esse jogo quem quer jogar”, atira.

E atira umas farpas a Cristina Ferreira e à TVI: “Eu celebro as audiências mensais como acredito que devem ser celebradas. A vertente diária dessa celebração não. Nós tivemos o nosso principal concorrente a meio de abril a festejar o mês nas suas páginas oficiais. Está escrito. Não há nenhuma picardia com a Cristina ou com a TVI. Quando um não quer, dois não brincam”, afirma.

Quanto à guerra das audiências televisivas, Daniel Oliveira reage: “É importante que haja uma informação objetiva e clara sobre os resultados, muitas vezes com os próprios números oficiais e com os gráficos, porque isso é importante para credibilizar a comunicação. Para nós o importante é continuar a diversificar a nossa antena e a tocar os espetadores. É por isso que estamos a fazer estas apostas aqui neste verão”.

Para o futuro, Daniel Oliveira afirma: “Estou pronto para mais quatro anos. Estou pronto para todos os desafios e os desafios não se esgotam nos canais generalistas, há desafios pela frente para todos. Não há, nós e eles, encaramos o mercado televisivo como um bolo”.

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