Contrariamente a Rodrigo Guedes de Carvalho e a Bento Rodrigues, Clara de Sousa optou por não seguir um tipo de discurso “paternalista” durante a fase mais crítica da pandemia.
“Não era necessário termos todos o mesmo registo. Somos pessoas diferentes, e comunicamos de forma diferente“, explicou Clara de Sousa, recentemente, em entrevista ao semanário Expresso.
“O Bento também optou por esse tipo de comunicação, que não é melhor nem pior do que o meu. Eu tenho sempre receio: onde é que é o limite? Quão equidistante me posso manter? Qual é a margem de segurança no meu desempenho independente e atento? Tenho várias formas de comunicar com as pessoas noutros formatos“, continuou.
“Ali, pessoalmente, não quis ir tão longe. Achei que não era a minha forma de comunicar. Opto sempre por manter uma posição mais equidistante no jornalismo. O Rodrigo achou que aquela era a forma dele, tal como o Bento, e as pessoas gostaram. Achei que não tinha de dar ainda mais força a uma componente de aviso que pudessem considerar mais paternalista. Não estaria confortável“, confessou.
Clara de Sousa acrescentou ainda que a direção de informação da SIC dá liberdade aos jornalistas enquanto comunicadores, e que chegou a ser aconselhada por algumas pessoas e colegas a aderir ao mesmo estilo de Bento Rodrigues e de Rodrigo Guedes de Carvalho, mas optou por não o fazer.
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