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José Rodrigues dos Santos: “Em Portugal quando me fazem críticas é para falar mal”

Carolina Pereira
2 min leitura

José Rodrigues dos Santos esteve no ‘Dois às 10’, onde apresentou o seu mais recente livro ‘O Jardim dos Animais com Alma’.

Nesta terça-feira, 16 de novembro, José Rodrigues dos Santos foi ao ‘Dois às 10’ apresentar o seu novo livro ‘O Jardim dos Animais com Alma’.

Cláudio Ramos perguntou ao escritor: “Sentiu algum preconceito na pele de ser o jornalista a lançar romances? As pessoas olharam de lado?“.

Sem rodeios, respondeu: “Em determinados meios, o público em geral não, em determinados meios isso aconteceu e continua a acontecer. É normal“.

Sou publicado em 20 línguas, os meus romances saem e em Portugal quase nunca ninguém faz uma crítica e quando fazem é para falar mal. No estrangeiro estão constantemente a fazer críticas e são sempre para falar bem“, lamentou, referindo que a sua obra ‘O Mágico de Auschwitz’ foi muito aclamada pela crítica literária lá fora, e cá “foi um silêncio”.

Tem a ver com vários fatores. Inveja normalmente é um fator. O público não tem inveja, mas os pares têm, é um fenómeno normal que temos de compreender e aceitar. Mas depois há outro aspeto que é: eu sou uma pessoa que não tem ligações com políticos, partidos, existe uma indústria montada da qual não faço parte, acrescentou.

José Rodrigues dos Santos deu como exemplo Miguel Sousa Tavares, que lançou ‘Equador’ em 2003, e só dois anos mais tarde recebeu um prémio em Itália. “Em Portugal foram incapazes, porque era uma pessoa que não estava no sistema“, referiu.

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