José Carlos Malato teceu novas críticas contra o clero, esta segunda-feira à noite, depois de na véspera ter assegurado que “a religião e os religiosos” lhe deram cabo da vida.
“Sim, sou profundamente anticlerical. Pelo que passei enquanto Testemunha de Jeová, pelo que testemunhei na Renascença, pelo que sofri nos ‘não-paliativos’ do meu pai na Fundação Champalimaud. Tudo boa gente. Eu, se calhar, é que tive azar! Distância dessa gente! Só sofrimento“, denunciou.
Um dia antes, recorde-se, José Carlos Malato tinha feito um outro desabafo. “Sobre os que acolhem jovens em suas casas ou nas paróquias pende a dúvida e o vitúperio a que os abusadores clericais os condenaram. O que é pena, porque há pessoas decentes – a maioria. A única forma de se verem livres dessa ignomínia é apontarem os culpados, estes serem julgados e as vítimas ressarcidas. É revoltarem-se contra o branqueamento que esta Jornada patrocina“, começou por escrever, domingo à noite, na rede social Instagram.
“Até lá, serão todos, presumivelmente, não confiáveis. Lobos com pele de cordeiro. Quem entrega os filhos a esta gente é cúmplice e irresponsável. Deus queira que esta Jornada não dê lugar a um novo vale de lágrimas! Sei o que digo porque a religião e os religiosos deram cabo da minha vida. E disso nunca mais vou recuperar“, revelou.
“Os milhões gastos não serão suficientes para resgatar uma só criança abusada. Uma vida, indelevelmente, destruída. Estamos cá para ver. Disse“, rematou.
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