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Catarina Furtado dá nega aos privados: “Tenho noção do que não me apeteceria fazer”

Duarte Costa
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Catarina Furtado trocou a SIC pela RTP há quase 20 anos. Desde então, tem-se mantido no canal público.

Catarina Furtado já recebeu vários convites para sair da RTP e sente-se agradecida por isso, dado que se trata de um reconhecimento do trabalho que tem produzido ao longo da carreira. Ainda assim, tem optado por continuar na estação pública.

Nas diferentes vezes que já fui convidada senti-me sempre agradecida pela vontade de me quererem, mas cheguei (até agora) sempre à conclusão de que não desvalorizo de todo a questão da liberdade, do exercício do que é conteúdo de serviço público que, independentemente de eu também gostar de puro entretenimento, não acho que seja o vale tudo e tenho muito bem noção daquilo que não me apeteceria fazer por mais audiência que tivesse“, disse ao Jornal Económico.

No entanto, há sempre margem para mudar e sou muito a favor de mudanças que nos agitem e acho que a minha versatilidade também se coaduna, mas têm de ser mudanças que não prejudiquem a minha estabilidade emocional, que não exijam ‘fingimento’ de que está tudo bem“, acrescentou.

Questionada sobre o desejo de voltar ao teatro e à representação, Catarina Furtado, que é também Embaixadora de Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) e Presidente da Associação Corações Com Coroa (CCC), confirmou essa existência.

Gostaria muito. Só não tenho feito por questões de indisponibilidade de agenda. Tenho recebido alguns convites, mas o tempo não dá para tudo. No entanto, sinto muita necessidade, até porque, com tanto banho de realidade dura, de vez em quando faz-me falta ‘viver’ outras vidas na ficção“, respondeu.

Por fim, a apresentadora falou ainda sobre aquilo que mais a tem orgulhado. “Dos meus filhos e do facto de me aperceber que as pessoas confiam em mim, acreditam em mim, sentem que sou genuína. O que consegui até agora fazer da minha carreira profissional não foi com estratégia, foi com intuição e coerência“, explicou.

Não sou uma santa, de todo, mas não me vendo. Há valores que são estruturais para mim. E os frutos vão aparecendo. Só me posso sentir feliz. E trabalho muito. Quando os estudos que são feitos à população indicam esse património de confiança e empatia por parte dos portugueses, sinto-me muito grata“, concluiu.

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