O juiz de instrução da Operação Influencer decidiu, esta segunda-feira, que os cinco arguidos ficam a aguardar julgamento em liberdade e que não estava em causa o crime de corrupção.
Diogo Lacerda Machado e Vítor Escária, melhor amigo e ex-chefe de gabinete de António Costa, respetivamente, ficam obrigados a não se ausentarem do país, além de terem de entregar o passaporte no prazo de 24 horas. Além disso, Diogo Lacerda Machado tem ainda de pagar uma caução de 150 mil euros, que deve ser entregue nos próximos 15 dias.
O presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, e os dois administradores da Start Campus, Rui de Oliveira Neves e Afonso Salema, ficam com Termo de Identidade e Residência. A empresa Start Campus tem de pagar uma caução de 600 mil euros.
O juiz Nuno Dias Costa considerou, de acordo com os meios de comunicação nacionais e contrariamente ao que o Ministério Público tinha pedido, que não está em causa o crime de corrupção e sim apenas tráfico de influência.
Esta operação da passada terça-feira do Ministério Público assentou em pelo menos 42 buscas e levou à detenção de cinco pessoas para interrogatório.
No total, há nove arguidos na Operação Influencer, entre eles, o ministro das Infraestruturas, João Galamba, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o advogado e antigo porta-voz do PS, João Tiago Silveira, e a empresa Start Campus.
E o que tem o primeiro-ministro, António Costa, a ver com esta operação? António Costa demitiu-se na passada terça-feira depois de saber que o seu nome tinha sido citado por envolvidos na investigação do Ministério Público a negócios do lítio, hidrogénio e centro de dados de Sines. Nesta investigação, poderão estar em causa os crimes de prevaricação, corrupção ativa e passiva de titular de cargo político e tráfico de influência.
