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Virgílio Castelo: “Como apresentador ganhava 20 vezes mais”

"Quando algo não me agrada, ou quando o trabalho está feito, salto fora", garantiu Virgílio Castelo.

Duarte Costa
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Virgílio Castelo é muito “equilibrado” no que ao dinheiro diz respeito, mas prefere ganhar menos e fazer aquilo que gosta do que ganhar muito com funções que não aprecia.

Tenho uma noção de equilíbrio muito grande. E não foi herdada dos meus pais, é completamente minha. A minha mãe não tinha nada de equilíbrio. Ela tinha uma frase genial, que era: não são os patrões que me despedem, eu é que despeço os patrões. Ela passava a vida a despedir-se dos sítios onde cozinhava. O meu pai só não se despediu porque trabalhava na Mocidade Portuguesa e só saiu de lá com o 25 de Abril. Ele não é um tipo equilibrado, ele cumpre os compromissos“, explicou em entrevista à revista Nova Gente.

Isso eu também tenho, herdei dele. Eu sou produto de uma mistura curiosa: tal como a minha mãe, adoro mudar, mas não abandono as coisas. Como o meu pai, se me comprometo a estar ali, estou. Mas depois, quando algo não me agrada, ou quando o trabalho está feito, salto fora“, confessou.

É evidente que preciso de dinheiro para pagar a vida, como toda a gente. Nunca tive necessidade de ganhar muito dinheiro. Por exemplo, depois de apresentar o Isto Só Vídeo, em 1992, tive várias propostas para continuar na minha carreira de apresentador, em que se ganhava 20 vezes mais do que como ator. [Não continuei] porque pensei que era tudo muito bonito, eu compraria a quinta, o Jaguar, os cavalos, mas depois teria de passar a vida toda a fazer coisas de que gostava menos para pagar essa vida“, revelou ainda o ator que celebrou em fevereiro o 70.º aniversário.

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