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Suzana Garcia e Vera de Melo em ‘bate-boca’: “Desculpa, não vou falar mais contigo”

"Uma opinião qualquer idiota tem direito a ter e, por isso, todas as pessoas têm direito a ter opiniões."

Ana Ramos
7 min leitura
Vera de Melo, Suzana Garcia

Suzana Garcia e Vera de Melo voltaram a protagonizar um momento de tensão no “Dois às 10”, da TVI, esta quarta-feira.

Enquanto comentavam o caso de um casal que foi encontrado morto em Torres Novas, a psicóloga e a advogada desentenderam-se e envolveram-se num ‘bate-boca’.

As duas comentavam como acreditam que deve ser dada a notícia da morte de um familiar. “Existem indicações na literatura, não é a minha opinião, de como é que se diz. Isto porquê? Porque as pessoas investigam e estudam. Não se diz, de todo, quando se liga a alguém que foi o pai que matou a mãe”, disse Vela de Melo.

A psicóloga indicou que não se deve mentir sobre o ocorrido e pedir para que o familiar se desloque ao local para darem mais detalhes: “Porque é que não se diz? Porque nós não sabemos o dano que provoca no outro, se ele tem estrutura para ouvir e, não tendo essa estrutura, estamos nós a causar outro dano. Então, temos de pensar com discernimento, com tranquilidade, do dano que vamos provocar no outro”.

“Mas eu tenho uma dúvida, Vera. Se me puder explicar, agradecia. Estas pessoas, se não tiverem a informação já dada, que é: ‘Foi o senhor seu pai, aparentemente, que tirou a vida da senhora sua mãe’. Se não der essa notícia a pessoa que lhe dá a informação, a pessoa colhe a notícia nos jornais ou na CM TV”, comentou Suzana Garcia. “O que é que é melhor? Não é melhor nós dizermos já à pessoa com todos os cuidados possíveis e imaginários o que é que aconteceu? Eu tenho essa dúvida. Como é que dá a notícia?”, questionou ainda.

“Acabei de dizer. Se calhar, não estavas atenta a ouvir”, interpelou Vera de Melo, referindo também que “depende do contexto”.

“Vocês enervam-se muito uma com a outra! A gente tem de levar as duas para a terapia para ver se resolvemos isto”, brincou Cristina Ferreira.

“Contornos não dizemos e nunca dizemos com eufemismo. As pessoas têm de medir a forma e a informação que dizem…. Há suspeita, estamos a investigar, este é o cenário mais provável… e, por isso, nunca se diz os contornos porque, à data do telefonema, nós nunca sabemos se os contornos são reais ou não”, acrescentou Vera de Melo.

“Eu tenho uma dúvida, Vera. Em muitos destes casos, aquilo que acontece é que o elemento ativo, aquele que comete – sobretudo, nos homicídios piedosos -, escreve uma carta a dizer: ‘Matei a minha esposa por isto assim e assim’. Então, neste contexto, qual é a solução? Como é que dá a notícia?”, quis saber Suzana Garcia.

Para Suzana Garcia, o “problema” está em esperar para explicar os contornos do que aconteceu e, quando disser, poder já ser notícia “na comunicação social”. “E então? Por ele deixar uma carta não quer dizer que seja ele”, afirmou Vera de Melo.

“Isso é a tua opinião e uma opinião qualquer idiota tem direito a ter e, por isso, todas as pessoas têm direito a ter opiniões, aliás, é uma das frases-chave que está descrita”, continuou Vera de Melo.

“Ó Vera, eu acho que temos de nos tratar com respeito e as opiniões não são os idiotas que as têm. Não, não é uma forma de expressão. Foi uma forma deselegante que, aliás, te define mais do que a mim. Agora, usar aqui expressões de idiotas, idiotas para trás e para a frente, parece o discurso do André Ventura, a sério”, considerou Suzana Garcia.

“Suzana, deixa-me explicar-te”, quis falar Vera de Melo. “Não, Vera, desculpa, não vou falar mais contigo. Eu traço aí a minha linha da deselegância, idiotas para trás e para a frente são vocabulários que eu não estou habituada a usar nos diálogos. Obrigada”, disse Suzana Garcia.

“Aliás, por desconhecimento da Suzana, eu tenho um livro que se chama precisamente e utilizo essa expressão. Lamento que ela não entenda o que ela queira dizer, até porque é isto que se diz ‘uma opinião qualquer idiota tem direito a ter’. E é aquilo que ela falava acerca da sabedoria popular que utiliza esse discurso”, lamentou Vera de Melo.

“Eu tenho de me demitir aqui de qualquer ligação… A Suzana acusou-me de uma coisa muito importante e eu nisto tenho de me defender, que eu estava ligada ao partido do André Ventura, que parecia o partido André Ventura… Como eu não comento política, dizer que, de todo, me afasto deste nível”, sublinhou também Vera de Melo.

“Eu? Sem dúvida e agora acho que sim, que a Vera devia ter também apoio psicológico! Desculpa lá, isso já é demais! Isso é colocar na minha boca o que eu não disse”, reclamou Suzana Garcia.

“E o que é que te leva a achar isso? É que tu és só advogada, não és psicóloga”, completou Vera de Melo.

“Ai, vocês as duas dão-nos muito trabalho! Qualquer dia, sou eu e o Cláudio que vamos ao psicólogo”, ironizou Cristina Ferreira. “Ainda vão ser grandes amigas, ainda as vou ver a jantar juntas”, brincou também Cláudio Ramos. “Ai não vamos não! Não vai acontecer mesmo”, assegurou Suzana Garcia.

Veja aqui uma parte da conversa.