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Ruben Aguiar: “Isto foi uma campanha de injúrias ou de difamações”

"Nem o benefício da dúvida eu tive."

Ana Ramos
5 min leitura

Ruben Aguiar esteve à conversa com Manuel Luís Goucha, numa entrevista transmitida esta segunda-feira, na TVI, e falou sobre a acusação que lhe foi feita em 2023.

O cantor acredita que lhe “roubaram a liberdade” e garantiu que não tem “antecedentes criminais nem aqui nem em lado nenhum do mundo”: “O meu cadastro está completamente limpo”.

“Disseram várias injúrias e várias mentiras. Disseram que eu passei por cima do corpo do homem para a frente e para trás e, depois, passei e fugi e, depois, passei porque não estava consciente ou que tinha drogas ou que tinha álcool e, depois, que tinha antecedentes criminais. No fundo, eu acho que isto foi uma campanha de injúrias ou de difamações ou, então, foi alguma coisa para justificar efetivamente o trabalho que não foi feito”, acredita Ruben Aguiar.

“Este mundo das Artes é um mundo cruel e, quer queiramos quer não, não é normal um madeirense estar a brilhar em Portugal e eu estou a sentir isso, que é por eu ser madeirense que me estão a fazer isso”, afirmou Ruben Aguiar.

“Eu senti isso, senti parte disso em pleno tribunal. Primeiro, o Ministério Público iniciou a falar a dizer que a minha versão não tinha credibilidade para ela, que pelos factos não tinha motivos para entrar em pânico. Não é normal uma pessoa ser abordada por outra aos murros no carro e não entrar em pânico. Eu entrei”, explicou Ruben Aguiar.

Ruben Aguiar explicou que os argumentos usados passaram pelo “perigo de fuga”: “Isto são palavras ditas pelo Ministério Público e estão gravadas na audiência. Não podia voltar para a minha casa porque eu vivia numa ilha e era rodeada de mar. Tinha muito perigo de fuga. Estão a querer dizer-me que não há prisão domiciliária na Madeira ou então o que é para um não é para todos?”.

“Tentaram pintar o Ruben Aguiar como um criminoso”, declarou o artista, que se sente “muito injustiçado”.

Ruben Aguiar defendeu que “a imprensa não tentou descobrir a verdade com factos realistas, com efetivamente o que é que se passou”.

“Eu noto que a mim tiraram-me a minha liberdade. Eu estou preso há sete meses, perdi mais de 50 espetáculos, tenho dois filhos para criar. Perdeu-se aqui uma grande fonte de sustento da família, era a principal, basicamente. A minha mulher também trabalha, mas, vamos ser realistas, nós vivemos em Portugal, onde os jovens saem de casa aos 40 e para não falar mais tarde que é para não exagerar”, sublinhou Ruben Aguiar.

“Tenho 36 anos, tenho dois filhos e vejo-me nesta situação. Nem o benefício da dúvida eu tive”, continuou Ruben Aguiar.

“As notícias foram feitas de uma tal forma que, até à hora de a própria Isabel [companheira] ir ter com o advogado e ver o próprio vídeo, puseram como que as pessoas íntimas, não digo duvidassem, mas ficassem ‘fogo, mas então porquê que ele está preso?’. Nas primeira visitas, eu contava e elas: ‘Fogo, então, porquê que tu estás preso?’”, disse Ruben Aguiar.

Além disso, Ruben Aguiar recordou que, quando ligaram para a sua companheira, aquando da sua detenção, a Polícia Judiciária disse que o cantor “tinha matado um homem”: “Quiseram dar um choque tão grande nos meus próprios parentes. É uma coisa que chega a ser desumano”.

“Depois, foi dito que o homem já esta há quatro, cinco meses, seis meses, eu já cheguei a ouvir a imprensa a dizer que o homem esta há seis meses no hospital. É mentira”, assegurou Ruben Aguiar, referindo que o homem “chegou a ser operado à perna”.

“Ninguém tem acesso nem consegue manobrar a roda por trás e ninguém, só porque tem uma discussão no trânsito, vai querer matar outra pessoa. Não tem fundamento nem cabimento! Eu estou sendo acusado de uma coisa que eu, efetivamente, não fiz”, garantiu Ruben Aguiar.

“No dia em que eu fui detido, o indivíduo já estava na Polícia Judiciária com os seus pés para me identificar, ou seja, já não estava hospitalizado”, clarificou Ruben Aguiar.

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