António Raminhos recordou, esta quinta-feira, um vídeo em que participou, há uns meses, e falou sobre a sua perturbação obsessivo-compulsiva.
Nas redes sociais, o humorista partilhou o story de um seguidor que lembrou a sua conversa com Tomás Magalhães, do blog “Despolariza”, acerca da obsessão de lavar as mãos.
Nesse vídeo, António Raminhos confessou que chegava a lavar as mãos “50, 60 vezes”: “Não tinha número, tinha uma sensação. Há pessoas que podem ter números, acho eu, sim, mas a mim era uma sensação de conforto”.
“Eu lavava as mãos e, enquanto eu não sentisse interiormente que estavam lavadas, eu não parava e até podia acontecer: Eu lavava as mãos, fechava a torneira e, depois, a minha cabeça dizia assim ‘mas tu, quando abriste a torneira, tinhas as mãos sujas, portanto, ao tocares na torneira, agora, ela está suja outra vez’”, afirmou António Raminhos.
“Então, tinha de abrir a torneira, lavava a torneira e lavava as mãos e, depois, fechava. Depois, limpava as mãos e, se fosse preciso: ‘E esta toalha está aqui há quanto tempo? Quem é que já usou esta toalha?’. E, então, entrava outra vez no processo de lavar as mãos, ou seja, é tudo sempre a partir dessa premissa do ‘e se?’”, explicou António Raminhos.
Para António Raminhos, o “e se?” é uma “pergunta mágica para quem tem ansiedade e perturbação obsessivo-compulsiva”. “Depois, é uma pergunta que abre-te a porta à criatividade para coisas boas, para fazeres argumentos de filmes, para stand up, para fazeres histórias… só que a malta da ansiedade e da perturbação obsessivo-compulsiva usa só isto para o mau”, rematou António Raminhos.
