fbpx

António Raminhos revela detalhes da sua perturbação obsessivo-compulsivo: “Não dá para sair da festa”

Carolina Pereira
3 min leitura
Instagram

António Raminhos falou sobre a sua perturbação mental que, muitas vezes, não se manifesta em si de modo físico.

Nesta terça-feira, dia 24 de janeiro, António Raminhos recorreu à sua conta de Instagram para partilhar um novo desabafo sobre o seu transtorno obsessivo-compulsivo. O humorista confessou que, muitas vezes, a perturbação passa-se apenas “na sua cabeça”.

As minhas obsessões são puras. Não de serem imaculadas e inocentes, muito pelo contrário. Lido com aquilo que os americanos chamam de Pure-O (pure obsession). Quer isto dizer que a Perturbação Obsessiva-Compulsiva com que me deparo passa-se, a maior parte das vezes, exclusivamente na minha cabeça. Nunca tive o hábito de repetir movimentos, de organização ou de fazer contagens“, começou por explicar.

Em seguida, António Raminhos relatou alguns dos episódios que têm ocorrido ao longo da sua vida: “É, quase tudo, interno. Por exemplo, se a minha cabeça me disser ‘e se naquela festa de há uns anos estiveste bêbedo e falaste mal a tal pessoa?’, o mais certo é entrar numa espiral de recordações e rever todos os passos que dei nesse dia. Vezes e vezes sem conta!“.

Já cheguei a ligar a pessoas a perguntar se tinham visto algo estranho nesse dia! Não viram nada, mas eu ligar sobre o assunto já foi suficientemente estranho. Ou então pensamentos intrusivos como estar a falar com alguém e pensar  ‘e se agora desse um granda linguado’… e o pior, ser o professor de uma das minhas filhas“, atirou, divertido.

Ter uma imagem repetida na cabeça dias e dias ou ficar semanas com o pensamento centrado numa parte específica do corpo. E quando deixo de pensar, não raras vezes acontece: ‘Olha não estou a pensar naquilo”‘, o que me leva a pensar outra vez naquilo“, referiu ainda.

Por fim, António Raminhos reforçou que os seus medos ou sensações se passam quase todos na sua mente e que estes ficam lá “como uma enorme festa em que só vai gente de quem não gostamos”.

O pior é que não dá para sair da festa. Não há muitas soluções nesta altura. A pior é desatinar com quem está na festa e dar-lhes atenção e pensar nos porquês de estar ali. As melhores, continuar na festa a gozar com os convidados ou simplesmente a fazer outras coisas. Como quem diz, procurar desvalorizar os pensamentos e deixá-los à deriva sem lhes dar atenção e ocupar o tempo a fazer outra coisa útil… ler, escrever, trabalhar, desporto. As vezes que forem precisas“, explicou.

Mas mais importante, procurar ajuda sem medos, ter alguém que nos ‘vista’ para irmos bem apresentáveis para estas festas loucas na nossa cabeça“, terminou.

Leia também: Muito frio! António Raminhos revela carro ‘congelado’ e afirma: “Um gajo adormece em Mafra e acorda na Islândia”

Relacionado: