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‘Pipoca Mais Doce’ cansada: “Devia ser medalhada olímpica na modalidade ‘aturar burros’”

‘Pipoca Mais Doce’ mostrou-se indignada com comentários que recebeu nas redes sociais.

Ana Ramos
4 min leitura
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Depois da publicação que fez sobre a importância mediática do submersível Titan e dos refugiados, ‘Pipoca Mais Doce’, também conhecida como Ana Garcia Martins, partilhou com os seguidores que estava cansada das mensagens que tem recebido.

“Estava a pensar que, se ter de lidar com pessoas burras, gente que não sabe interpretar textos, gente que até sabe interpretar textos, mas gosta de ‘tresler’, gente com má vontade, se isto fosse uma modalidade olímpica, filhos, eu já tinha ganho o ouro para aí 49 vezes! Era a atleta portuguesa mais medalhada de todo o sempre, porque não é fácil”, comentou ‘Pipoca Mais Doce’, que acredita que “devia ser medalhada olímpica na modalidade ‘aturar burros’”.

“Uma pessoa escreveu uma coisa que até achava que está objetiva, está concisa, que não dá aso a segundas ou terceiras ou 18.º interpretações, mas, depois, não, porque as pessoas conseguem sempre – dentro daquilo que se escreve – fazer uma leitura muito própria, muito criativa. É gente que podia estar em Hollywood a escrever guiões! Netflix, ponham o olho nesta gente e aproveitem-nos porque eu não sei de onde é que vem esta criatividade, porque não é do que eu escrevi. Eles inventam”, continuou ‘Pipoca Mais Doce’.

‘Pipoca Mais Doce’ sublinhou que apenas estava a falar sobre a “atenção mediática” dada ao caso: “É da comparação do mediatismo. Eu falo disso várias vezes no texto, está lá escrito que não estou a comparar a importância dos eventos em termos humanos, porque são vidas. Não interessa como é que são perdidas, são vidas. Pelo menos, para mim, eu verei sempre nessa perspetiva. Não consigo dizer que umas vidas são mais importantes do que outras”.

“Agora, mediaticamente – se calhar, fui eu que estudei jornalismo e, portanto, está a fazer-me um bocado de confusão esta coisa de as pessoas estarem a comparar o incomparável -, não tem nada a ver, pessoas. Que irritação”, disse ainda, indignada.

Pipoca Mais Doce’ explicou que foi dada mais atenção mediática ao caso do submarino por ser uma “situação inusitada”: “É o facto de ser uma situação excecional, pouco comum, que faz com que haja mais interesse jornalístico e que as pessoas se mobilizem mais, falem mais. Ninguém está a fazer nenhum comparativo social e a dizer ‘Não, não. Temos de salvar os ricos e os outros desgraçados que se amanhem’”.

“A situação dos refugiados é uma situação que acontece de forma mais recorrente e, portanto, vai deixando de se dar tanta importância mediática, da mesma forma que, se a partir de agora passarem a afundar-se submarinos todos os dias no Atlântico, ao fim para aí do terceiro ou quarto, faz-se uma nota de rodapé nas notícias, mas já ninguém quer saber”, descreveu ‘Pipoca Mais Doce’, sublinhando que “isto tem a ver com a frequência com que as coisas acontecem”. “Se é para normalizar: Não. Não foi isso que eu disse também”, continuou.

“Não me aborreçam, não cansem esta beleza, que é cada vez menos, não me desgastem com mensagens e comentários a dizer: ‘És igual a eles! É por causa de pessoas como tu que isto está assim! Só se importam com os ricos’”, rematou ‘Pipoca Mais Doce’.