O padre Ricardo Esteves foi o convidado inaugural do “Roast no Confessionário”, formato do A Televisão que se estreou nesta segunda-feira, no Instagram, e que tem António Carvalho como anfitrião.
Durante cerca de 40 minutos, o padre Ricardo Esteves respondeu a várias questões que todos querem saber, mas que poucos têm a coragem de perguntar. Nesse aspeto, António Carvalho não se fez de rogado e até lhe perguntou se costuma dizer palavrões.
“O palavrão não faz parte do meu vocabulário e não tenho nada contra quem o diz, mas que às vezes me passo da cabeça, ai isso passo. Às vezes aborreço-me, outras vezes chateio-me. Às vezes também ajo de cabeça quente. Às vezes discuto com os paroquianos e fico arrependido, mas também sei pedir desculpa“, explicou o sacerdote.
“Digo porra, caramba, mas palavrão não. E não é por ser padre. Se eu me relacionasse mais com pessoas que dizem, talvez eu também começasse a dizer“, acrescentou.
Sobre se mente, também fez um esclarecimento. “A mentira é relativa. Há mentiras que eu acho que são benéficas, se nós pudermos poupar uma pessoa da verdade. Eu tenho essa opinião. Depois há a mentira piedosa, que é uma omissão completa daquilo que pode ser a verdade. E depois há aquelas mentiras que eu não considero mentiras, desde que não prejudiquem a vida de ninguém nem venha a trazer dissabores no futuro“, referiu.
O padre Ricardo Esteves admitiu também que costuma confessar-se de duas em duas semanas. “Nós também confessamos, mais ou menos de 15 em 15 dias. A assiduidade da confissão não tem só a ver com os pecados, mas também em pedir conselhos, direção espiritual, abrandarmos o ritmo da nossa vida. Acho que isso é fundamental. Se calhar, um dos grandes problemas da sociedade é não ter tempo para se confessar“, considerou.
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