O padre Ricardo Esteves publica diariamente uma reflexão, nas redes sociais, e a desta sexta-feira é sobre o amor.
“O amor… Sim, o amor, porque eu gosto de falar de amor. Tu não? Todos procuram o amor e não é difícil encontrá-lo, difícil é preservá-lo, não achas?“, começou por escrever.
“Se neste momento estás só, fala comigo… Imagina-me o teu coração que te fala, deixa-me ajudar-te, escuta-me um minuto: tu não sofres por amor, tu sofres pela indiferença, pela falta de afeto, pelo carinho que se perdeu no tempo, pelas mãos que não se entrelaçam mais. O amor não é mau, sabes? A falta dele sim. E eu sei o que sofres pela falta dele“, continuou.
“Eu sei que te é difícil entender e os motivos que te levam a desistir nem sempre são bons, e isso dói, e eu sei como te dói. As lágrimas que escorrem pelo teu rosto devido à falta de amor magoam-te mais do que qualquer outra lágrima. Eu tenho-te observado! Eu e tu sabemos que não há como curar um coração quebrado. Dizem-te que o tempo ajuda e logo passa. Mentiram-te… ou não sabem nada de amor“, acusou.
“Esqueceram-se de te dizer que o amor só vem com um bilhete de ida e não tem data prevista de volta. E esse teu sentimento continua aí, matando o resto de ti, que ainda resta. Então o que é amor? Estás a perguntar-me? Olha-me e escuta-me: amar é mudar a alma de casa“, explicou o padre Ricardo Esteves.
“Talvez tenhas de conhecer algumas pessoas erradas antes de encontrar a pessoa certa, e talvez a pessoa certa tu consideres a mais errada. Não te prendas frente àquela porta fechada que não te deixa saída para novos caminhos. Não busques boas aparências… Sabes que elas mudam? Encontra aquela pessoa que te faz rir e o teu coração sorrir“, sugeriu.
“Se sentes vontade de superar esse afeto que te destrói é porque tens vontade de um outro ou de vários afetos. Que mais te pode gratificar do que um afeto correspondido ou do que a reciprocidade de atenção? Não implores nunca o afeto, porque o amor é uma atividade, é dinâmico, e não um afeto passivo“, recomendou ainda o padre Ricardo Esteves.
“Se imploras amor, tornas-te escrava de quem te tem, porque sabe do que não tens. Amar é um ato de firmeza e não de fraqueza. Ah! Sinto-me só a viver na solidão! Sabes, na vida mais vale ser idiota do que infeliz. E muitas vezes a solidão em que dizes viver não é porque estás só, estás apenas sem rumo. Pensa nisto“, concluiu.
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