A lei contra “terapias de conversão” de homossexuais, bissexuais e transgénero entrou em vigor na passada sexta-feira, dia 1 de março, e colheu o “repúdio” da psicóloga Joana Amaral Dias, segundo a qual “não cabe ao Estado interferir” na relação entre pacientes e terapeutas.
“Colegas com quem tenho trocado impressões dizem-me que já se sentem condicionados. Começam a ter receio de tratar casos, aliás muito frequentes, de adolescentes atraídos por pessoas do mesmo sexo e que se sentem incomodados com isso“, começou por dizer Joana Amaral Dias ao Observador.
“Com esta ingerência estamos a abrir a porta a outras ingerências ao estilo dos regimes totalitários (…) O que se passa dentro de um consultório, num contexto clínico, é sigiloso e tem de ser tratado com respeito. Qualquer pedido explícito de ajuda que o paciente faz é para ser trabalhado com o psicólogo”, acrescentou.
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