Helena Sacadura Cabral esteve, esta quinta-feira, no “Dois às 10”, na TVI, para falar do seu novo livro “Pensar, Olhar, Viver”, e falou sobre os seus amores e desamores.
“Apaixonei-me mais do que uma vez. Felizmente, correspondida, senão, teria sido uma grande maçada”, revelou.
“Quando me casei com o meu primeiro marido, o Nuno Portas, ele casou com uma mulher que ele sonhou que era eu. Acontece que os sonhos nem sempre correspondem à realidade. Eu não era a mulher que ele sonhou e o problema maior era que não queria ser. Queria ser eu”, afirmou Helena Sacadura Cabral.
“Ele tentou que eu fosse a outra. Eu não quis ser a outra. Chegámos a uma altura em que dissemos: ‘Olha, tu vais à procura da ‘outra’ e eu fico por aqui’”, relatou Helena Sacadura Cabral sobre o casamento que durou 11 anos.
Mais tarde, Helena Sacadura Cabral conheceu “alguém que gostou muito” de si: “Eu disse ‘olhe, gostar muito de mim é um risco porque eu levo duas bagagens, levo dois filhos. Portanto, tem de gostar de mim e dos dois filhos, porque, se gostar só de mim, não chega’”.
“Os meus filhos bem gostariam que eu tivesse, eventualmente, chegado a vias de facto, casada, porque, na altura, devia ser assim. A mim tanto se me dava como se me deu, já tinha casado pela Igreja uma vez, não ia casar segunda, de maneira que ir ao civil ou não ir era rigorosamente igual. Mas eu achei que não era uma coisa que me estimulasse”, revelou Helena Sacadura Cabral.
“Na altura, disse-lhe logo: ‘Tudo o que essa pessoa tem eu tenho e eu quero casar com alguém que tenha mais, para me dar, para me ensinar, para acrescentar qualquer coisa àquilo que eu sou’”, recordou Helena Sacadura Cabral.
“Fui-me apaixonando, mas não foi muito. Eu sou muito exigente. Se eram bonitos, eram burros; se não eram burros, eram feios. Era uma grande confusão. Depois, a gente chega a uma certa idade em que não tem paciência para estar com conversas de chacha e acontece muitas vezes nos casamentos, coisa que não interessa rigorosamente nada. Decidi que encerrava as minhas portas”, rematou Helena Sacadura Cabral.
Veja aqui uma parte da conversa.
