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Gustavo Santos: “Sou muito seguro do homem que sou e do pai que sou”

Gustavo Santos falou ainda sobre o "desafio" de desempenhar o papel de pai para cinco crianças.

Ana Ramos
7 min leitura
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Mafalda Rodiles e Gustavo Santos estiveram à conversa para o programa de Júlia Pinheiro, na SIC, transmitido esta terça-feira, e falaram sobre a paternidade e a maternidade.

Os casal, que está junto há cerca de dois anos, recordou a primeira vez que se cruzou, quando ambos participavam na “Floribella”, da SIC, em 2006. Anos mais tarde, em 2021, os dois voltaram a cruzar-se, no podcast de Mafalda Rodiles, “Oh Mãe”, sendo que Gustavo Santos foi o primeiro convidado homem: “Acho que ali foi a primeira vez que nós tivemos uma conversa interessante, profunda e bonita”.

“Sobre o melhor que há, sobre o nosso papel enquanto homem e mulher, pai, mãe e filhos. E muito daquilo que nos une é sermos capazes de viver numa família extensa e não esquecer as nossas individualidades. Isso é fundamental! Um pai e uma mãe nunca se podem esquecer que são um homem e uma mulher primeiro para depois conseguirem ter, de facto, um modelo para os filhos seguirem de autoestima, de confiança, de segurança, de verdade, de poder pessoal”, comentou Gustavo Santos.

“Nós somos capazes de fazer isso e isso é incrível. Os filhos são muito importantes, mas eu sou o Gustavo e tu és a Mafalda. E isso é extraordinário”, continuou Gustavo Santos.

Mafalda Rodiles referiu que, na altura em que gravaram o podcast, tinha a ideia de que o seu atual companheiro era “um pai zen”, uma vez que transmitia “essa paz ao falar da paternidade, essa segurança”. “Enganei-te super bem”, brincou Gustavo Santos.

“Sou um pai muito físico. Sou aquele pai que tu sabes que põe os putos todos a voar e que consigo sair de casa e um vai de bicicleta, outro vai de skate, outro vai de trotineta, outro vai de mota aí a curtir e consigo dar conta do recado a todos. E vamos para a praia e ensino todos a nadar e ponho todos em cima da prancha e andam todos a fazer o pino e andam todos a jogar à bola. Eu sou esse pai”, explicou Gustavo Santos.

“Eu diria que posso ser um pai zen na segurança que eu tenho enquanto pai. Isso, para mim, é muito tranquilo, porque eu sou muito seguro do homem que eu sou e do pai que eu sou”, afirmou Gustavo Santos.

“Mas, depois, com os putos, como tu vês, às vezes, até te assustas um bocadinho, é porque a casa tem esquinas, é uma loucura! É uma vida muito intensa e essa intensidade caracteriza-me como pai, porque me caracteriza muito enquanto homem. E eu amo ser pai”, sublinhou Gustavo Santos.

“Acho que os putos têm de ter um pouco de tudo, sobretudo, têm de ter espaço para liberdade, para serem quem são e eu gosto de ser muitas vezes essa plataforma deles, esse trampolim deles, que é, se calhar, terem oportunidade de experienciar coisas, de viver coisas que, se calhar, muitos putos não têm porque os pais não têm tempo ou porque os pais são mais para dentro ou são mais tímidos ou são menos seguros enquanto o seu papel de pai e de mãe”, continuou Gustavo Santos.

“Tendo em conta essa segurança que eu adquiri através da minha aprendizagem enquanto pai, permito-me a tudo com eles e temos muito a ganhar porque preciso de ser assim também. Se eu não for assim, não sou eu”, referiu ainda Gustavo Santos.

De seguida, Gustavo Santos falou também sobre o papel de pai que desempenha junto dos dois filhos de Mafalda Rodiles, Martim e Mel, frutos de um anterior relacionamento.

“Rapidamente, aceitei abrir o meu coração para, não sendo o pai deles, ser um pai para eles, que é bastante diferente. E orgulho-me muito disso”, assegurou Gustavo Santos, referindo que é “um homem muito justo” e que trata todos por igual.

“É todo um desafio muito grande e, para um homem como eu, com a intensidade que eu tenho, com os valores muito fortes que eu tenho, com a sensação que eu tenho de ser, eu vou ser o melhor possível para estes dois miúdos. Vou tentar ser tão bom para eles como sou para os meus e acredito que hoje, passado este tempo todo que já passou – que nem é assim tanto, mas, como é tão intenso, parece que é mais –, eu sinto que atingi esse patamar e isso é incrível. Eu olhar para todos como filhos, não interessa se são biológicos, se não são. Se vivem aqui em casa, são filhos”, analisou Gustavo Santos.

“Para mim, eu gosto de sentir essa presença e sei que, para eles, também é importante esta presença, uma referência masculina, ainda por cima, uma referência masculina forte, com a qual eles não estavam habituados a lidar. Portanto, eles também tiveram um trabalho interior, porque eu não sou um homem fácil”, acrescentou Gustavo Santos.

“É extraordinário para ti como para mim também termos a oportunidade de viver novamente o espírito da família, que é o melhor que se pode ter”, concluiu Gustavo Santos.

“São quatro almas com muita força, são putos e querem viver, querem experimentar e eu amo isso, porque, se calhar, na minha infância, não tive muitas oportunidades de voar, de experimentar. Eu era um bocadinho no fio da navalha e aqui não, deixo os putos… Quero é que eles se divirtam. Se acontecer alguma coisa, têm alguma coisa para aprender. É assim a liberdade”, rematou Gustavo Santos.

Veja aqui uma parte da conversa.