Gustavo Carona, o médico anestesista e intensivista do Hospital de Matosinhos que esteve em destaque pelos apelos que lançou durante a pandemia, viveu horas de grande aflição neste fim de semana.
“PRECISO DE AJUDA! POR FAVOR! DESAPARECERAM! Os meus cães são das poucas alegrias que eu tenho na vida, das poucas coisas que me fazem sorrir e que eu adoro de paixão. Fugiram de casa, na zona de Matosinhos, mas como são novos e com muita energia podem estar em qualquer lado: Porto, Leça, Lavra, Maia, etc., etc.“, desabafou.
“São Serras das Estrela de porte médio/grande, com cerca de 40 quilos. Eles quase de certeza que devem estar juntos. O Zaidu é mais velho, tem cerca de dois anos e é mais magro, mais acizentado e está sem coleira. O Néné é mais rechonchudo, mais amarelado e mais bebé, tem 11 meses e está com coleira. Eles são os dois totalmente inofensivos (apesar de grandes) e facilmente atraídos por um pedaço de comida ou uma chamada de carinho. Por favor, ajudem-me a encontrá-los!“, apelou, lembrando que está sem saúde “para pegar no carro e ir à procura deles“.
Horas depois, a boa notícia. “Os cães foram encontrados e já estão comigo graças a um rapaz incrível, o P., que às 3 da manhã os viu e os guardou no seu terraço. E, mesmo sem ter cães, hoje de manhã já lhes tinha comprado comida de cão… Obrigado a todos que ajudaram, em especial ao P. que faz parte daquele grupo especial de pessoas que nós tantas vezes nos esquecemos que existem, mas são incríveis e ainda são muitas!“, declarou.
Gustavo Carona, recorde-se, teve de se afastar da vida profissional devido às mazelas que lhe foram provocadas durante a pandemia. Há cerca de um mês e meio, foi submetido a uma intervenção cirúrgica que demorou oito horas, pelas mãos três neurocirurgiões, que lhe fizeram “uma fixação de L4/L5 e L5/S1 com placas e parafusos” na convicção de o libertar da dor que o “aprisiona há mais de três anos“.
Para além do sufoco que viveu por causa da perda dos cães, Gustavo Carona anunciou, este domingo, a morte do tio. Na caixa de comentários, multiplicam-se as mensagens de apoio.
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