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“Este país precisa de Jorge Martinez para revolucionar o espetáculo em Portugal”

Jorge Martinez não tem dúvidas de que é um artista de excelência.

Duarte Costa
5 min leitura
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Jorge Martinez, artista português que diz ser o “pioneiro” no uso da pirotecnia de mão em espetáculos musicais, no nosso país, voltou a insistir nessa tese numa nova publicação que fez, esta semana, nas redes sociais.

Sou o PIONEIRO, sim, e não só de pirotecnia, de muito mais!“, afirmou em reação a uma notícia do A Televisão cujo título foi “Tantra? Rammstein? Jorge Martinez insiste que é o fundador da pirotecnia“.

Gente sem escrúpulos, músicos amadores, anónimos, a quererem comparar fósforos com pirotecnia de nível mundial. Nunca se falou tanto em pirotecnia como agora! Antes ocultaram, mas, após as provas reais do Jorge Rocha & Lipstick, ficaram cegos de raiva e partiram para novos ataques. Cambada de invejosos“, atirou.

Este país precisa é mesmo de Jorge Martinez para voltar a revolucionar o espetáculo em Portugal! E assim será“, assegurou.

“Compararem fósforos de uma banda portuguesa dos anos 70 com pirotecnia a sério? Ganhem juízo!”

Jorge Martinez tem estado em destaque na imprensa depois de ter dito que foi imitado pela banda alemã Rammstein, que atuou recentemente no Estádio da Luz, em Lisboa, no que ao uso de pirotecnia de mão diz respeito em atuações. O artista português sublinhou mesmo que foi o primeiro a fazê-lo em Portugal, em 1989, e diz-se vítima de uma perseguição.

Entretanto, uma fonte com “uma Tese de Mestrado em Ciências da Comunicação sobre o Rock e o Metal em Portugal” veio explicar ao A Televisão que Jorge Martinez não foi o pioneiro nessa performance e que as afirmações feitas por este “ignoram ostensivamente o legado de bandas como os Tantra e os UHF, que foram os verdadeiros pioneiros do uso de pirotecnia em palco nas décadas de 70 e 80 do século XX“.

Os Tantra, banda seminal e revolucionária que surgiu nos anos 70, foram os percursores do rock progressivo, e há quem diga do heavy metal português. Nesse espírito, para além da música revolucionária, o aspeto visual também foi pioneiro. Percursores do uso de máscaras e efeitos pirotécnicos, são considerados os pioneiros da pirotecnia em espectáculos ao vivo, alguns com transmissão televisiva, onde o vocalista, Frodo, alter-ego de Manuel Cardoso, lançava pirotecnia das mãos, numa performance verdadeiramente revolucionária e original, já em 1981, oito anos antes do que Jorge Martinez alega ter feito“, esclareceu.

Face a estas declarações que dadas ao A Televisão, Jorge Martinez já apresentou uma reação. O artista insiste que foi ele o “pioneiro” e rejeita qualquer comparação com os Tantra. “Compararem fósforos de uma banda portuguesa dos anos 70 com pirotecnia a sério? Ganhem juízo! Em 1989 apresentei pirotecnia em Portugal ao nível de Michael Jackson“, assegurou.

Claro que era óbvia a diferença na quantidade, porque eu ganhava uns escudos e o Michael Jackson fortunas por cachet. Portanto, isso é de valorizar, em vez de me atacarem, mas a inveja, raiva e má fé nunca terminam“, lamentou, afirmando que sobrevive a esses “ataques na boa“.

Na mesma publicação, Jorge Martinez continuo a defender-se do músico que, em declarações ao A Televisão, recordou que os Tantra são anteriores a ele.

Surge agora nos media um anónimo músico que veio tentar desacreditar-me, afirmando que afinal já tinha sido usado pirotecnia nos anos 70. Curioso, já que em 1991, quando apresentei no talk-show de Joaquim Letria, a novidade era absoluta. Pois! Até aí, ainda poderia ser possível, no entanto, quando fui verificar o que a imprensa publicou, verifiquei que mais pareciam uns fósforos no braço de uma guitarra, por uns segundos, numa atuação degradante, assim tipo neurónios fundidos“, atirou, referindo-se aos Tantra, cujo vídeo pode ser visto no final deste artigo.

Antes de me atacarem, apresentem provas reais. E, se tal acontecer, cá estarei para saber reconhecer“, incitou.

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