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Elsa Raposo revela que foi violada na infância e adolescência: “Fui capaz de perdoar”

Elsa Raposo contou que foi a psiquiatria que a salvou.

Ana Ramos
3 min leitura
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Elsa Raposo foi uma das convidadas de Júlia Pinheiro, na SIC, esta quinta-feira, e fez algumas revelações sobre a sua infância e adolescência.

A modelo confessou que, aos seis anos, foi “molestada sexualmente”, mas que a pessoa foi “apanhada na hora”. “O que os meus pais não souberam foi o que fazer àquela criança”, disse, referindo que os pais “não souberam entender” a sua dor.

“A forma como me protegeram foi: eu tinha de ser sempre acompanhada até à escola e da escola para casa, mas, depois, as coisas começaram a acontecer dentro de casa e ninguém se apercebia do que estava a acontecer, de modo que o meu foco no trabalho era a fuga disso tudo”, recordou, indicando que, aos 12 anos, foi também violada por um primo da mãe.

“Essa pessoa abusou de mim durante mais seis anos da minha vida e isso foi muito complicado, porque eu detestava estudar porque não tinha concentração. E era muito difícil, foi tudo mil vezes mais difícil por causa disto”, acrescentou, referindo que só aos 40 anos é que conseguiu contar à família e amigos este “segredo muito pesado”.

Elsa Raposo contou que essa pessoa morreu há poucos meses e que não sentiu nada: “Tenho feito um trabalho de psiquiatria há muitos anos e tudo por causa disto. E é um processo que me vai acompanhar até ao resto da minha vida. Fui capaz de perdoar”.

“Encontrei-me com ele uma vez, já tinha os meus dois primeiros filhos, ele tinha perdido dois bebés, infelizmente, e eu disse-lhe: ‘Deus não te vai dar essa oportunidade por tudo aquilo que me fizeste’. Por isso, eu acredito muito que o Universo e nós estamos todos ligados. Dás amor, recebes amor, eu acredito nisso”, lembrou.

A antiga apresentadora referiu que tentou “todo o tipo de tratamentos”: “Fiz tudo, procurei tudo, mas foi a psiquiatria que me salvou”.

Elsa Raposo deixou ainda um apelo aos pais para que “estejam atentos” aos filhos, “porque é tão importante, tudo pode ser um sinal”. “Os meus pais não estiveram atentos àquele sinal. Não estou a dizer que a culpa é deles, mas não era minha, de certeza. E digo a todas as mulheres, qualquer criança que esteja em casa: Deem o seu grito, falem com alguém”, alertou.

“Alertem para a vossa situação porque vocês vão perder um grande pedaço da vossa vida. Eu perdi vida enquanto estava viva”, concluiu.

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