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Dino D’Santiago confrontado: “Depois da proposta para mudar o hino de Portugal, o que vais propor a seguir?”

"Eu sugeri uma reflexão."

Ana Ramos
3 min leitura

Dino D’Santiago esteve, esta quarta-feira, à conversa com ‘As Três da Manhã’, na Rádio Renascença, e respondeu a algumas questões da rubrica “Desculpa, mas vais ter de perguntar”.

“Depois da proposta que fizeste para mudar o hino de Portugal, Dino, o que é que vais propor a seguir? Mudar a letra do ‘Parabéns a você’, aquela parte das ‘almas a cantar’ que pode assustar as crianças?”, perguntou Ana Galvão.

“Eu nunca propus mudar o hino de Portugal. Foi aquilo que eu disse, que odeio é que destorçam o que eu disse, que deturpem. Eu sugeri uma reflexão num mundo em que nós queremos paz e uma contextualização de um hino que não nos serve neste momento”, esclareceu Dino D’Santiago.

“Claro que já chorei com ele, a ouvi-lo em momentos grandes de Portugal, no futebol mais propriamente, mas as pessoas não sabem sequer o que é que quer dizer ‘egrégios’. Depois, num mundo em que queres paz, continuar a declamar ‘armas e canhões’… e a minha reflexão foi precisamente quando a Eva começou a cantar o hino num jogo”, continuou Dino D’Santiago.

“Aquilo fez-me confusão e fez-me rejeitar um pedido que me fizeram para cantar o hino, porque eu nunca mais concordei com essa parte, então, se já se mudou a bandeia tantas vezes, se outros países já que tinham hinos mais machistas conseguiram reduzir como a Polónia ou os EUA, que tinham um hino que tocava na parte da escravatura e, agora, continua na Constituição, mas eles já não emanam essas partes, nem cantam essas partes”, comentou Dino D’Santiago.

“‘Será que ainda nos faz sentido ‘armas e canhões’?’. Se calhar, não e, hoje em dia, como eu penso que quem estava do outro lado eram corpos negros e discutia-se ali um mapa cor-de-rosa, já não se discute esse mapa cor-de-rosa. Também acho que tenho o direito de pensar como penso e as pessoas têm o direito de discordar, mas é isso a democracia, concordar em discordar”, rematou Dino D’Santiago.

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