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Dalila Carmo sobre passagem do tempo: “Angustia-me é perder personagens ou perder capacidades”

"Eu tenho medo de deixar de poder fazer qualquer coisa, de o meu corpo ficar limitado."

Ana Ramos
2 min leitura
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Dalila Carmo esteve à conversa com Manuel Luís Goucha, esta quarta-feira, na TVI, e falou sobre a passagem do tempo.

“A indústria é muito cruel e, sobretudo, com as mulheres. É só acompanhar o mundo e percebes que os paradigmas estão a mudar em termos de género, origem. As pessoas querem apostar na diversidade. Infelizmente, em algumas indústrias ainda é por quotas, ainda há aqui essa obrigatoriedade por uma questão de quotas, mas penso que, aos poucos, a coisa se vai normalizando. Para isso também é preciso que a indústria esteja atenta”, referiu Dalila Carmo.

“Angustia-te a passagem do tempo ou não?”, quis saber Manuel Luís Goucha. “A mim, não me angustia. Angustia-me é perder personagens ou perder capacidades”, respondeu Dalila Carmo.

“Eu tenho medo de deixar de poder fazer qualquer coisa, de o meu corpo ficar limitado, não me deixar expressar tudo aquilo que eu quero expressar. Obviamente que sim, também me assusta achar que vou ter menos papéis ou menos oferta. Óbvio que sim, é evidente que sim e não posso fechar os olhos a isso”, afirmou Dalila Carmo.

“Porque nós temos de continuar sempre a surfar e, nesse sentido, temos de continuar a provar ‘ei, ainda aqui estamos e estamos vivos e estamos capazes e não desistimos disto’. Mas temos de o fazer relativizando”, acrescentou ainda Dalila Carmo.

Mais à frente na conversa, Manuel Luís Goucha elogiou Dalila Carmo, dizendo que estava igual: “Sabes qual é o truque? É não fazer nada, é tentar dormir”.

“Há uns anos ainda experimentei qualquer coisa. Depois, um dia, olhei-me ao espelho e disse: ‘Eu estou a ficar diferente’. E parei, porque eu tenho uma boca maior do que a cara, assim, de repente… Quero ter o meu mapa, quero ter as minhas histórias na minha cara”, confessou Dalila Carmo.

Veja aqui uma parte da conversa.

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