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Bruna Gomes sobre críticas: “Comecei a não querer falar e a procurar uma fono para poder mudar a minha voz”

"Era muito difícil lidar com toda a pressão, não só da minha voz…"

Ana Ramos
4 min leitura
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Bruna Gomes esteve à conversa com Lara Moniz, no podcast “Vulneravelmente Falando”, e, além de recordar a primeira crise depressiva que teve, falou da outra má fase da sua vida.

“Foi quando eu comecei a trabalhar com a internet também. Então, comecei a lidar com uma pressão e com um ‘hate’ que eu não fazia nem ideia que existia… Comecei a lidar com a crítica”, começou por dizer, referindo-se à altura em que se mudou para o Rio de Janeiro.

Bruna Gomes explicou que criticavam a sua voz: “Comecei a não querer falar e, tipo, procurar uma fono para poder mudar a minha voz, porque a minha voz já é uma voz aguda e eu sempre estou muito feliz e histérica. Quando estou histérica, feliz, a minha voz ficava mais fina ainda e continuo, só que eu envelheci, amadureci e a minha voz também”.

“Foi muito duro lidar com isso… Porque é que as pessoas estão a falar sobre a minha voz? Irrita a minha voz? E eu ficava pensando: Será que eu tenho de mudar a minha voz, então? O que é que está acontecendo?”, recordou Bruna Gomes.

“Era tudo tão novo que eu entrei na espiral ‘então, eu tenho de’ e fui-me fechando durante os anos e eu acho que, por me fechar tanto, também sempre estive naquela linha ténue do ‘estou feliz, estou triste’. Era muito difícil lidar com toda a pressão, não só da minha voz… Isso era só um exemplo de tudo o que estava em torno”, continuou Bruna Gomes.

“Então, antes de vir para cá, antes do reality show, eu estava assim no ápice de uma depressão profunda”, lembrou Bruna Gomes.

“Era o momento, eu acho que quando tu sente que o teu corpo não responde mais àquilo que está acontecendo, de facto, e eu acho que é isso que a gente pode salientar para as pessoas prestarem atenção. A felicidade é momentânea. Acho que tu também… tu está feliz agora, depois, acontece uma coisa e tu fica chateada. Depressão não é porque tu não está feliz o tempo todo”, sublinhou Bruna Gomes.

“Nós somos feitos de emoções. Está tudo bem em estar triste, está tudo bem em estar feliz. O problema é quando isso começa a ser constante, só está tudo ruim, nada faz sentido. Eu acho que o problema está na constância das coisas, é não ter um ápice do bom, é estar sempre mau”, considerou Bruna Gomes, acrescentando que, nessa altura, também se culpava por tudo e chegou mesmo a ter “vontade de não viver”.

A irmã e a restante família foram o grande apoio de Bruna Gomes nesta fase: “Me agarrei na força que a minha irmã me dava”. Além disso, também foi importante procurar a ajuda de um profissional na área da saúde mental.

“Continuo fazendo terapia. Acho que é super importante. (…) Ver um ângulo diferente da minha vida, imparcial. Acho que terapia é importante para todo o mundo”, comentou Bruna Gomes.