Bruna Gomes esteve à conversa com Lara Moniz, no podcast “Vulneravelmente Falando”, e recordou a primeira crise depressiva que teve.
“Foi quando o meu primo faleceu num acidente de moto”, começou por dizer, referindo que, na altura, tinha 13 anos e que esse primo era como um irmão.
“A minha mãe não reagiu nada bem, ficou mesmo muito mal. Eu era muito nova e eu não conseguia entender o que acontecia com a minha mãe. Não sabia o que era a depressão nem nada disso e eu não conseguia entender o que é que estava acontecendo com a minha mãe, porque é que ela estava daquele jeito”, lembrou Bruna Gomes.
“Então, eu acabei adoecendo também por me sentir insuficiente de não poder ajudar a minha mãe. Eu não me sentia suficiente para aquelas situações”, continuou Bruna Gomes.
Bruna Gomes acrescentou que, ao ver a mãe a ter ataques de pânico, foi também “a primeira vez que teve o contacto com a doença”: “Isso, de certa forma, puxou também para mim”.
“Não consegui lidar muito bem com isso, com a morte… lidar também com isso da minha mãe foi tudo muito difícil. Depois, tive de ter ajuda também porque eu não conseguia assimilar, era tudo muito novo para mim. Já não estava mais conseguindo lidar, o colégio… já queria desistir de tudo, trocar de colégio… Não conseguia, de facto, continuar”, explicou ainda Bruna Gomes.
Além disso, naquela altura, o tema da saúde mental era “ainda menos” falado: “Não era um papo assim aberto”. Contudo, Bruna Gomes destacou “a força e o apoio da família”.
“Às vezes, só um abraço, só estar ali, só de tu estar aí me olhando… a presença é muito importante e, às vezes, a melhor forma de ajudar é só estar presente e falar: ‘Estou aqui contigo, não estás sozinho’”, rematou Bruna Gomes.
