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‘As Três da Manhã’ confrontam André Ventura sobre “crucificar alguns povos, tipo, os ciganos”

“Eu não acho que crucifique nenhum povo."

Ana Ramos
3 min leitura
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André Ventura esteve, esta quinta-feira, na Rádio Renascença, e respondeu a algumas questões da rubrica “Desculpa, mas vais ter de perguntar”.

“O André diz que Deus lhe confiou a missão de transformar Portugal. São palavras suas. Não acha que, se Deus mandar um enviado de novo à Terra, vai continuar a preferir um que se deixe crucificar pela paz dos povos em vez de um que tente crucificar alguns povos, tipo, os ciganos?”, leu Joana Marques.

“Essa é uma questão teológica complexa. Eu sou uma pessoa com muita fé, muita mesmo, mas não nasci com ela, nem tive esse caminho feito como a maior parte das famílias tiveram. E cheguei à fé com um ato de milagre e de graça, que eu nunca vou esquecer porque foi isso que transformou a minha vida”, começou por responder André Ventura.

“Eu era uma pessoa sem fé, a minha família também nunca foi muito praticante e eu fui chamado a isso e eu senti esse chamamento desde o início. Se acerto sempre, se posso ter errado algumas vezes, se em alguns momentos possa ter exagerado, sim, mas o próprio Jesus Cristo errou de vez em quando”, continuou André Ventura.

“Não com os ciganos”, interpelou Joana Marques. “Eu não sei se, naquela altura, na Palestina, havia muitos ciganos, mas podia haver outras minorias… e também não sei, naquela altura, na Palestina, quais eram as minorias que escapavam mais aos impostos. Não sei se isso acontecia”, comentou André Ventura.

“Eu não acho que crucifique nenhum povo. Eu acho que as declarações que fiz e que mantenho e nunca deixei de as manter, neste caso, sobre a comunidade cigana em Portugal, é de que elas têm de se integrar mais na lei e de que o Estado tem de se fazer parte da comunidade cigana. E voltava a dizer isso”, afirmou André Ventura.

“Não acho que isso seja menos religioso nem mais, acho que é um juízo e os portugueses avaliarão esse juízo naturalmente. Uns acharão que estive bem, outros acharão que estive mal. Mas não acho que Deus seja parte nisso”, acredita André Ventura.

“São Paulo costumava dizer que, aos mornos, Deus vomita-os, aqueles que não têm posição muito clara sobre as coisas, que andam sempre a saltar de um lado para o outro. Eu gosto de seguir essa máxima de São Paulo. Ah! Ele também dizia outra coisa, o que tens a fazer, fá-lo depressa. Ele não gostava de pessoas mornas nem pessoas fracas nem frouxas, como eu ontem disse do Pedro Nuno Santos. Gosta de pessoas com posições, que as afirmem sem medo e eu nisso sou muito um sucessor de São Paulo”, rematou André Ventura.