Como habitual, Ana Garcia Martins fez uso das suas redes sociais para dar uma opinião sobre um tema polémico. A figura pública falou sobre a possibilidade de “existência de espaços neutros nas escolas”.
No Instagram, começou por escrever: “Nos dias de hoje, sinto que é difícil uma pessoa emitir uma opinião sem estar ultra informada sobre o tema, sem estar munida de documentação, de estudos comparativos, de pareceres médicos, sem ouvir as 47 partes envolvidas ou sem um doutoramento em Harvard. Se não têm nada disto, caluda. Mas depois há a nossa sensibilidade que, às vezes, eu acho que também deve contar. Esta conversa serve de introito ao tema de hoje: o projeto de lei do PS sobre a existência de espaços neutros nas escolas“.
“Segundo o projeto, “as escolas devem garantir que a criança ou jovem aceda às casas de banho, ou balneários, tendo sempre em consideração a sua vontade expressa e assegurando a sua intimidade e singularidade”. Não tendo encontrado muitos detalhes sobre como isto funcionará na prática, não sendo especialista em identidade de género e, sobretudo, estando já a adivinhar o potencial para levar com rótulos preguiçosos, tipo “preconceituosa”, não posso deixar de dizer que sinto enormes reservas em relação à medida“, acrescentou ainda, começando por explicar a proposta em causa.
Ana Garcia Martins deu a sua opinião sobre o tema: “Porque se, por um lado, percebo que há crianças que não se identificam com o seu género, percebo também que há muitas outras que sim e que podem não se sentir confortáveis em começar a ter espaços mistos. Se isto for para a frente, todos os alunos, independentemente do sexo ou da idade, poderão frequentar a mesma casa de banho? E onde é que entram aqui as questões da intimidade? Da privacidade? Até da segurança. Os pais não têm uma palavra a dizer? Não devem ser ouvidos? Posso vir a mudar de ideias, o debate serve para isso, mas para já, e enquanto mãe, a ideia de ter uma filha de 8 ou 9 anos a trocar de roupa no mesmo balneário de um latagão de 16, é coisa que não me deixa super confortável“.
“Eu tenho 42 e não quero partilhar esses espaços, porque é que uma criança tem de querer e sentir-se à vontade com isso? E porque não a criação de uma terceira casa-de-banho/balneário, essa, sim, de género neutro e que possa ser utilizada por quem quiser? Não é mais sensato? Tenho mesmo muitas dúvidas (e apreensões) sobre este assunto e gostava de ouvir outras opiniões, contra ou a favor. Não me macem é com comentários estúpidos, que não me apetece passar o feriado a bloquear gente…“, rematou Ana Garcia Martins.
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