Tucha foi uma das convidadas do “Dois às 10”, da TVI, esta sexta-feira, e revelou que sofreu um aborto espontâneo aos 32 anos, quando estava a dar um concerto.
“Aos 32 anos, sofri um aborto espontâneo em palco”, começou por dizer. “Antes de chegar aos três meses, comecei a ter algumas perdas de sangue. Fui ao hospital e o médico que me atendeu disse que não havia nada a fazer. Mas eu tinha sempre aquela esperança: ‘Não, isto não vai acontecer! Isto vai tudo correr bem’”, recordou.
“Senti que o meu corpo se estava a esvair. Fiz como se estivesse a sair do palco para um intervalo só que esse intervalo demorou bastante tempo. Fiquei sozinha na casa de banho, basicamente, a sofrer por tudo quanto era canto, psicologicamente, fisicamente. Sentia falta era de ter os meus por perto, o meu marido, os meus pais… Eles não estavam. Eu estava sozinha”, relatou Tucha.
A cantora explicou que o que mais lhe custou foi “não poder contar o que se passou” quando regressou ao palco.
“Sonhei bastante, quis muito, mas, se fosse um menino era um menino, se fosse menina, era menina… não sei. Está lá e há de ser um anjinho… está lá em cima”, disse Tucha, emocionada.
Tucha contou que no dia do espetáculo, no Alentejo, foi vista pelo médico: “Quando fui ao médico, ele pegou-me nas mãos e disse-me: ‘Tucha, não vai acontecer! Você é muito jovem, o seu corpo vai limpar, a sua alma vai limpar e vai acontecer um dia mais tarde. Neste momento, faça o que a faz mais feliz. Faça o seu dia. Vá! Faças as outras pessoas felizes como você sabe fazer’”.
“Quando chegou a hora de ir para o palco eu só fiz assim: ‘Isto vai correr bem, vou aguentar até ao fim! Amanhã, vai ser outro dia e vou ao médico outra vez e ele vai dizer-me outra coisa qualquer. Ele vai dizer-me que sim, que ainda está cá…’. Mas não”, lembrou Tucha.
Tucha contou que, na altura, decidiu dar o concerto porque confiou no que o médico lhe disse e pelo seu amor à música: “Se um médico, um profissional de saúde que eu acredito – eles sabem – e ele me disse ‘faça o que a faz feliz, porque não vai acontecer’, ao subir acima do palco, podia sim, podia não, mas era o meu trabalho, era aquilo que eu ia fazer”.
Questionada por Cláudio Ramos sobre se voltaria a palco, hoje em dia, na mesma situação, Tucha afirmou que sim: “O meu amor pela música é tão grande e sempre foi. Eu não me identifico sem ela”.
Quando foi mãe pela primeira vez, Tucha passou a gravidez preocupada com o que podia acontecer: “Na primeira gravidez, qualquer coisa que sentia o meu coração saltava-me pela boca e imaginava sempre que iria correr mal, mas também tinha de pensar positivo para não passar as coisas negativas para dentro e para quem estava à minha volta”.
Veja aqui e aqui uma parte da conversa.
