Suzana Garcia participou na rubrica ‘Atualidade’, que marca a última parte do programa “Dois às 10”, na TVI.
Num dos casos abordados, foi discutido o caso de um homem condenado a 17 anos de prisão por violar os netos gémeos ao longo de quase três anos. As crianças haviam sido-lhe confiadas pelo Tribunal de Família e Menores de Setúbal, por recomendação da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ).
“A pena aplicada é raramente vista em Portugal para crimes desta natureza, embora devesse ser mais severa“, começou por dizer a advogada Suzana Garcia. A psicóloga Vera de Melo citou parte da notícia em questão: “O avô escapou à pena máxima devido à sua idade avançada, estado de saúde oncológico, ausência de antecedentes criminais e por já não ter contacto com as vítimas”.
“O que me importa a mim se ele não tem contacto com estas crianças? Desconheço se terá contacto com outras e sei que já teve com estas, o que é suficiente face aos seus atos para merecer uma pena que não leve em conta o cancro que tem. O cancro dele não me interessa“, atirou Suzana Garcia, visivelmente indignada.
“Para ser franca, – vou dizer isto não como advogada, mas como mãe – eu até desejo que o cancro o mate o mais rapidamente possível, porque as consequências do que ele fez são inadmissíveis. Quando ele afirma que o que fez não afetou as crianças, está a refletir, infelizmente, o pensamento de muita gente, inclusive muitas pessoas do sistema judicial, que tendem a relativizar o impacto desses atos nas crianças”, acrescentou.
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