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Suzana Garcia em lágrimas: “Magoam-me quando dizem que sou racista”

Alexandra Gomes
4 min leitura
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Suzana Garcia foi entrevistada no programa ‘Goucha’, onde falou sobre as suas origens, a sua luta contra o racismo e as suas ambições políticas.

Suzana Garcia esteve esta quarta-feira, dia 28 de abril, no programa das tardes da TVI ‘Goucha’, apresentado por Manuel Luís Goucha para uma entrevista intimista. A advogada falou, entre outras coisas, da sua candidatura pelo partido PSD à Câmara Municipal da Amadora.

A candidata tem sido muitas vezes acusada de ser racista, o que assumiu que a deixa triste e que considera injusto. Para se defender, partilhou um episódio da sua infância, de quando vivia na África do Sul e para onde foi estudar, aos 6 anos, para um colégio de freiras.

“Eu não gostei de estar na África do sul  porque era difícil para mim, eu não sabia falar o inglês, aquelas pessoas pensavam como eu não pensava…”, começou por dizer Suzana Garcia, que acabou partilhar um dos episódios que mais a marcaram desse tempo

Eu estava na escola e eu tinha uma amiga indiana, chamava-se Soraia. A diretora da escola veio-me dizer que eu não podia brincar com ela e eu lembro-me de querer brincar com ela… a miúda estava à minha espera para brincar e não percebeu porque é que não fui ter com ela e quando eu ia meteram-me a mão no ombro e disseram ‘nós não brincamos com eles’…”, contou, emocionada.

Suzana Garcia acabou por desabar em lágrima com o próprio desabafo: “É por isso que me magoa tanto quando dizem que eu sou racista… não sabem o que é racismo e eu sei, porque eu o senti, porque eu o vivi”.

“Porque é que as pessoas acham que eu sou racista? Alguma vez a TVI teria nesta casa uma convidada racista, xenófoba?”, perguntou ao apresentador. “Dizerem que Portugal é um país racista incomoda-me profundamente. Somos um país com pessoas racistas, mas não somos um país racista”, acrescentou.

Sobre a sua candidatura à Câmara Municipal da Amadora, a candidata explicou que é a sua missão. “Ser presidente de uma câmara não é uma profissão, é uma missão. A Amadora é uma coisa que vem do meu coração, não vem da minha cabeça, porque se viesse da minha cabeça tinha dito logo que não. É a minha missão, vou abraçá-la e já abracei”, explicou.

E não vão ser estas críticas em relação às minhas mamas, em relação ao meu nome ser com Z. Que vergonha! O meu nome é com Z, nasci em Moçambique… Mas pensam que em Moçambique não se sabe falar português? Que coisa horrorosa essa, atacarem-me pelo meu nome, pelas minhas mamas, por ser bonita ou ser feia”, disse, atacando quem a critica.

Veja os vídeos da entrevista de Suzana Garcia aqui e aqui.

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