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Serginho farto das ‘Capazes’: “Devem ter queimado um ou dois neurónios”

A. Oliveira
4 min leitura
Reprodução TVI

A crónica que junta Serginho, Cinha Jardim e Flávio Furtado, no Você na TV, voltou a ser polémica, com Rita Ferro Rodrigues, a associação Capazes e os reality shows que os dois canais privados estrearam este domingo a serem o alvo dos ataques dos comentadores. O motivo? A insinuação de que os papéis põem em causa a mulher e a sua integridade.

Serginho abriu as hostilidades dizendo que “As Capazes, raparigas conhecidas por andarem de mãos dadas umas com as outras, nestas campanhas a favor da igualdade, lá está, não gostaram. E eu percebo que não tenham gostado do Agricultor [da SIC]. Como querem ser magras, passam a vida a evitar os hidratos, portanto não comem batata nem nabo. Agora, que também se incompatibilizassem com as sogras”.

Sem clemência, o editor do programa – agora semanal – Selfie, acrescentou também que “A questão é simples: para estas defensoras de teorias de esquerda que defendem a troca da minissaia pelo macacão, nestes programas está-se a promover o machismo e o sexismo em todo o seu esplendor. Dizem elas: ‘vergonha!’ Eu concordo. Tenham vergonha, porque algures nos anos 60, quando atiraram os sutiãs para a fogueira, devem ter também queimado, por acidente, um ou dois neurónios. Agora será que realmente elas se incomodam com o que dizem ser esta objetificação da mulher, ou estão tristes porque ainda não lhes calhou um noivo a elas? A mensagem das Capazes termina entretanto com o apelo ao boicote aos dois programas, com o recurso a duas hastags, ‘boicote aos domingos’ e ‘eu não vejo'”.

Cinha Jardim também se mostrou algo indignada com o tom do texto das Capazes e apelou a que Serginho não lhes desse publicidade, o que acabou por ter direito a resposta por parte do anfitrião da rúbrica. “Eu percebo que elas não querem ver, porque qualquer marreco ou zarolha que apareça na televisão é mais bonita e mais feminina do que qualquer uma delas. Mas porque este é um assunto que nos incomoda, não os programas, mas a limitação moral de quem se julga ‘capaz’ para escrever estes disparates, eis que hoje nos despedimos em modo fado-canção”.

O apresentador das manhãs acabou por se pronunciar, referindo que tudo é um grande exagero. “Eu tenho lá amigas minhas, a Rita Ferro Rodrigues… Eu acho é que é tudo um exagero. É o politicamente correto, eu não suporto. Por acaso não suporto!”.

Goucha acrescenta ainda que  “E quando uma mãe pergunta a uma concorrente: ‘A menina cozinha?’ Eu, se fosse concorrente, perguntava logo e devolvia a pergunta: ‘E o seu filho, sabe cozinhar para partilhar comigo essa tarefa?’ E é assim. Isto é um programa de televisão apenas!”.

Já Flávio Furtado defendeu o trabalho feito pela associação fundada por Rita Ferro Rodrigues e Iva Domingues. “Acho o trabalho delas notório e ainda bem que o fazem”, disse.

Serginho acabou por apresentar um fado dedicado às Capazes, tendo por base a canção de Amália Rodrigues – A Casa da Mariquinhas.

“Foi no domingo passado que acordei,

Para ver o que dava na televisão,

Um programa que entretém, quer para o filho e para a mãe,

Mesmo que a noiva seja feia como um cão.

Quem não gosta nada, nada, são aquelas ‘mal-amadas’,

À Internet encalhadas, incapazes.

Começou-lhes a sair tal seborreia,

Pois qual delas a mais feia?”