Cristina Ferreira apostou tudo em grandes formatos, como ‘All Together Now’ e ‘Cristina ComVida’. Sem a liderança das audiências, a situação é preocupante.
Cristina Ferreira está a perder em todas as frentes e já começou a cancelar programas. ‘All Together Now’ e ‘Cristina ComVida’, programas com custos elevados, que não lhe dão a liderança.
Depois de uma saída polémica da SIC em julho de 2020, Cristina Ferreira regressou oficialmente à TVI em setembro. A diretora de entretenimento e ficção da estação de Queluz sabia que iria ter tarefa fácil para devolver ao canal a liderança das audiências, que se perderam desde que tinha deixado o canal. A apresentadora começou a reconstruir aquela que apelida de sua “casa”, mas até agora, nenhuma das suas escolhas vingou, derrotando a concorrência, como é o seu objetivo.
Há muito dinheiro investido em produção que, de acordo com fontes do canal à Tv Mais, “não tem tido retorno até agora”, tornando o cenário preocupante, pois “não há dinheiro, a crise na TVI continua na estação”, asseguram.
A 23 de setembro estreou a primeira grande aposta de Cristina Ferreira na TVI: ‘Dia de Cristina‘. O programa esteve no ar apenas três meses, depois de um investimento brutal. Os custos só do estúdio e equipamento técnico estiveram na ordem dos 300 mil euros. Em dezembro, pôs-se um ponto final no formato para se criarem novos programas para o ano que estava a chegar.
De acordo com fontes próximas de Cristina Ferreira “obviamente que ela ficou dececionada, mas seguiu em frente”. De acordo com a revista “Sábado”, não foram momentos fáceis para ninguém e o ambiente ficou “de cortar à faca” com as gargalhadas a darem lugar aos gritos.
“Saio daqui felicíssima. Este era um programa que, quando nasceu, tinha o propósito de existir apenas enquanto não nascessem os novos para o daytime [programas diurnos]”, explicou Cristina Ferreira na altura.
Mais derrotas
Juntamente com João Patrício e André Manso, realizador e produtor que fazem parte da sua direção, bem como Lurdes Guerreiro, foi recuperar um formato que licenciou e que deu originem ao programa da manhã que apresentava na SIC. ‘Cristina ComVida‘, estreou logo após o fim do ‘Big Brother – Duplo Impacto’. O estúdio é, mais uma vez inovador, e trata-se de uma casa de verdade, aquela que foi usada para alojar os concorrentes dos reality shows da TVI, na Venda do Pinheiro.
“Em ‘Cristina ComVida’, a anfitriã partilha com os espectadores as rotinas, os amigos, os segredos, os gostos, as gargalhadas e as preocupações, bem como outras curiosidades que permitem criar um programa diferente todos os dias. Pela casa-estúdio passam atores, músicos, jornalistas, artistas, escritores, políticos e desportistas, entre outros.
É nesta casa que se conhecem histórias de vida emocionantes, trazidas por anónimos que procuram em Cristina Ferreira o conforto de um ombro amigo ou a alegria e força para seguir em frente. Histórias de coragem, conflito e sofrimento, mas também histórias de sucesso e felicidade”, prometia a TVI.
Este programa prometia ser uma grande novidade, mas o formato trouxe uma sensação de déjà vu para o público. ‘Cristina ComVida‘ não a fez liderar e, mais uma vez, foram gastas verbas avultadas, que segundo apurou a TV Mais, mais de 100 mil euros. Passado um mês, a apresentadora continua sem conseguir o objetivo a que se propõe: ser líder no horário das 19h, tendo ficado já atrás de ‘O Preço Certo‘, da RTP1, às vezes, e das novelas ‘Viver a Vida’ e ‘Êta Mundo Bom!’, da SIC, que lidera no horário.
Domingos sem liderança absoluta
Se durante a semana têm sido difícil para Cristina Ferreira, os domingos não tem sido melhor. ‘All Together Now‘ continua sem conseguir vencer e tem perdido cada vez mais audiência. Um formato que conta com 100 jurados, uma equipa de produção grandiosa para os dias atuais, e gravado na Altice Arena, em Lisboa, parecia a receita certa para o sucesso.
Ao domingo, ‘Hell’s Kitchen‘, da SIC, com Ljubomir Stanisic são os vencedores. No último domingo, o concurso de culinária teve o maior pico quanto atingiu 1 milhão e 245 mil de espectadores, contra 1 milhão e 12 mil de “All Together Now”, ou seja, a quarta e a oitava posição do dia. O investimento no ‘All Together Now’ não foi pequeno, apesar de não se comparar com o seu antecessor. “O All Together Now custa menos por gala que o Big Brother”, garante fonte da TVI.
“Se pensarmos que as 13 galas do ‘BB’ ficaram acima dos cerca de três milhões, um custo por gala acima dos 200 mil euros, o All Together fica muito menos dispendioso. Por gala, gastam-se 120 mil euros, até porque não se trata de um direto e foram gravados dois programas por dia para baixar os custos. A crise, agravada pela pandemia, é para nós uma realidade como para todo o mercado“, afirma outra fonte do canal à TV Mais.
Contudo, as duas edições com famosos acabaram por não serem gravadas “por falta de dinheiro”. “Optámos pelo kids”, garantiu fonte ligada à produção. “Não deu para fazer os dois”, diz ainda.
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