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São José Correia: “A Plural e a TVI são a casa das novelas”

A Televisão
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Foi preocupada com a falta de apoio que o Estado dá à cultura portuguesa, nomeadamente ao Teatro, que São José Correia falou da sua vida enquanto actriz. Consciente de que o futuro é cada vez mais incerto, o facto de não estar ligada à TVI por um contrato de exclusividade não a deixa minimamente insatisfeita: “A questão colocou-se mas nunca quis. Eles também nunca insistiram muito. Acho que o contrato de exclusividade assegura um grande ordenado – e eu não sou assim tão ambiciosa – e garante a sobrevivência”. Num período da história da televisão portuguesa em que as transferências da SIC para a TVI e vice-versa se têm sucedido, a actriz apenas deseja que continue a existir trabalho na representação. “Não fui aliciada. Para mim, a Plural e a TVI são a casa das novelas – a TVI produz quatro novelas por ano, a SIC produz uma – , mas quanto mais ficção portuguesa for produzida, mais trabalho haverá para muita gente. O que cada um decide é com cada um. Penso de projecto a projecto e tem-me corrido bem. Não visto camisola nenhuma”.

São José Correia demonstrou-se ainda desagradada com o facto de actualmente muitos jovens pensarem que por terem um corpo escultural conseguem ser actores. O talento é algo que ou nasce com a pessoa, ou que se vai adquirindo ao longo de muito trabalho. É com base nesta premissa que a actriz refere o seguinte: “Sou actriz profissional e, se não aceito um trabalho por determinado valor, vão buscar outra gaja sem noção do que é ser actor que aceita e que está a dar cabo do mercado de trabalho. Ainda por cima, os actores mais jovens nem sequer são actores”.

Por fim, a cara da TVI confessou que participar em novelas já foi um trabalho que a completasse mais na representação: “Já não me dá tanta satisfação, estou cansada, não tenho tanta ‘pica’. A minha última novela acabou em Dezembro e só voltei em Agosto. Já há muito que não estava tantos meses sem fazer novela e soube-me bem. Peguei nesta com saudades que há muito não tinha”.

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