Sandra Felgueiras é uma das mais recentes contratações da TVI. A jornalista rumou a Queluz de Baixo em setembro, depois de ter estado nove meses no grupo Cofina.
Sandra Felgueiras esteve à conversa com Manuel Luís Goucha, no programa ‘Conta-me’ deste sábado, 8 de outubro e falou sobre um dos momentos mais delicados da sua vida — o processo judicial no qual a mãe, Fátima Felgueiras, esteve envolvida.
A antiga autarca tinha sido acusado de 28 crimes, entre os quais corrupção, abuso de poder e peculato, e em 2011, foi absolvida de todos os crimes de que era acusada.
Sobre essa fase na sua vida, e que comentários ainda provoca, Sandra Felgueiras garante que reage com “muita naturalidade”, mas também com “muita mágoa”. “A minha mãe foi das pessoas mais injustiçadas que Portugal conheceu. A minha mãe foi absolvida e se perguntares às pessoas na rua eu dir-te-ei que há uma grande percentagem de pessoas que não sabe nem se lembra que isto aconteceu ou, se sabe, dirá ‘ai foi absolvida porque não se fez prova de’, o que é uma enorme injustiça”, lamenta a jornalista da TVI.
Sandra Felgueiras é mãe de Sara, de nove anos, e confessa que este assunto já teve consequências na vida da filha. “Já lhe perguntaram na escola ‘a tua avó roubou?’. E nós respondemos ‘não, nunca ninguém roubou'”.
“Triste por haver gente tão mesquinha, que tenha tido a veleidade de contar a um filho algo que lhe permitiu, sendo criança, perguntar isso a outra criança. Eu como mãe jamais o teria feito. Tive de explicar à minha filha que isso não aconteceu e que nunca se deixasse melindrar por nada que lhe pudessem dizer, nem sobre a avó nem sobre a mãe”, lamentou.
Em conversa com Manuel Luís Goucha, a jornalista assume que ainda não conseguiu resolver a “mágoa” do processo judicial que envolveu a mãe e que durou quase 10 anos. “Eu estive lá no dia em que estourou a notícia, no dia em que a levei para o Brasil, no dia em que a trouxe do Brasil. Eu sei tudo o que aconteceu, da génese ao desfecho. Essa mágoa vai perdurar em mim, por terem roubado à minha mãe a oportunidade de ser a pessoa maravilhosa que ela é, não que ela não seja, mas de dar ao país aquilo que ela podia ter dado”, afirma e atira: “acho que a mataram em vida”.
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