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Rúben Pacheco Correia: “Não traí ninguém, não me vendi…”

Alexandra Gomes
7 min leitura
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Rúben Pacheco Correia tem feito correr muita tinta na imprensa, depois de ter trocado a SIC pela TVI, seguindo a sua mentora Cristina Ferreira.

Rúben Pacheco Correia abriu o seu coração e, numa entrevista à revista Lux, falou do seu percurso profissional, da sua vida pessoal e do que o fez trocar a SIC pela TVI, num momento em que estava em ascensão no canal de Carnaxide.

A troca de canal esteve envolvida em muita polémica, mas o empresário confessa estar de consciência tranquila. “Não traí ninguém, não me vendi. Segui o meu instinto. As pessoas nem sempre entendem as mudanças. Diz o nosso povo que “quem muda, Deus ajuda”. Acredito muito nisto. Mas é normal que o público fiel das manhãs da SIC, tenha sido surpreendido com a minha decisão”, começou por dizer.

“[Os canais] são empresas. E mudar faz parte, faz parte do crescimento individual e coletivo, dos colaboradores e das instituições. Mas há críticas e críticas. E, de facto, é com muita tristeza que leio algumas demonstrações, até de ódio, dirigidas a mim, quando não faz sentido nenhum”, explicou.

Rúben Pacheco Correia deu como exemplo outros profissionais da área que tiveram a mesma atitude: “Todos nós já mudámos na vida. O próprio João Baião já mudou de canal duas vezes, o Goucha, a Cristina, enfim, a maior parte das pessoas que fazem televisão em Portugal já mudaram de canal, já mudaram de empresas e isto não pode ser visto como uma traição. Faz parte”.

Em relação à SIC, o autor sente-se agradecido pela oportunidade e pelas pessoas com quem trabalhou. “Foram incríveis comigo. Senti-me acarinhado durante muito tempo. A Diana Chaves é uma mulher incrível, adoro-a. É boa pessoa mesmo. Há pessoas na equipa, desde o porteiro até à produtora, que me trataram de uma forma que nunca terei palavras suficientes para agradecer”, disse.

“Contudo, nunca esqueci quem primeiramente me deu a mão, a Cristina Ferreira. É a maior referência televisiva da minha geração. Não vai haver outra, como não haverá outro Ronaldo. São dois astros cada um na sua área. E, portanto, quem é que não quer trabalhar com o Ronaldo? Quem é que não quer trabalhar com a Cristina?”, acrescentou fazendo a mesma comparação que Eduardo Madeira.

O chef revelou o motivo que o levou a aceitar o convite da apresentadora. “Senti que a Cristina queria muito que voltasse a estar com ela e segui o meu instinto. Aceitei, sem sequer saber se ia ganhar mais ou se ia ganhar menos. Aceitei porque acredito na Cristina, porque admiro-a e porque tenho por ela a maior estima e gratidão por me ter colocado na televisão”, explicou.

Outro motivo foi o facto de não se sentir desejado no canal onde estava: “Antes de aceitar, comuniquei a quem tinha de comunicar e senti que não era tão desejado ali como estava a ser para a Cristina e para a TVI, portanto, a minha decisão só ficou fortalecida e a minha consciência tranquila, no sentido de ter percebido que podia sair, sem que a minha ausência se notasse ou entristecesse alguém”.

Sobre a sua participação no ‘Cristina ComVida’, Rúben Pacheco Correia, admitiu que se sente em casa. “Com a Cristina sinto-me em casa, desde o primeiro dia… Há pessoas que passam na nossa vida com uma energia que parece que estiveram connosco toda a vida. Sinto isto quando estou com a Cristina… As minhas gargalhadas no programa falam por si. Não resisto”, revelou.

Sobre a fama e a exposição, o cozinheiro explicou que a única coisa que o afeta são as “calúnias, difamações, ofensas e declarações de ódio” a que os seus familiares são expostos sobre si. “Ficam muito magoados. E quando eles estão magoados, eu também fico”, confessou.

Nascido numa família de chefs, explicou a sua relação com a comida: “Comer dá-me mais prazer. Mas não posso esconder que cozinhar também me dá muito prazer. Sobretudo, criar felicidade a alguém. A cozinha é uma forma de amar. Como romântico que sou, acredito que quando me dedico e cozinho é uma forma de amar quem irei servir, a minha família, os meus amigos, enfim”.

Rúben Pacheco Correia falou da sua família e mostrou-se agradecido pela pessoa em que se tornou e pelo que alcançou. “Devo à minha família o que sou hoje e o que espero ser amanhã. A minha família é muito importante para mim. São as minhas muralhas, o meu porto de abrigo, são as pessoas que me conhecem e que não me julgam e me protegem, me incentivam e que me transmitem os valores que tento incutir…”, disse.

“Estou preparado para sair da televisão a qualquer momento e seguir a minha vida. As pessoas conhecem-me da televisão, mas a minha vida não é apenas isto. Tenho apenas uma pequena passagem pela televisão, não é isto que me coloca o pão em cima da mesa. Contudo, também sinto que estou preparado para a eventualidade de quererem que a minha passagem pela caixinha mágica se prolongue por mais algum tempo”, revelou.

Sobre os planos para o futuro a nível pessoal, Rúben Pacheco Correia admitiu que o sonho de ter filhos está presente, mas não para já. “Ainda é muito cedo. Vamos ter de aguardar mais um tempo, mas é claro que é algo que gostaria. Aliás, já disse várias vezes que o nascimento do meu irmão Romeu, que tem agora 8 anos, foi o momento mais feliz da minha vida…”, explicou.

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