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Rosto do ‘Querido Mudei a Casa’ sofre de doença rara

André Vilar
5 min leitura

Ana Antunes é a famosa decoradora do programa da TVI, Querido Mudei a Casa. Num longo e emotivo texto publicado no seu blog, Ana revelou, agora, que o último ano foi difícil para si uma vez que sofre da doença de Castleman: uma doença que afeta apenas 23 pessoas num milhão.

A publicação esteve para ser a última de 2018, mas a decorada confessa: “Demorou a escrever porque, quando passamos por experiências que nos marcam para a vida, falar sobre elas é reviver cada momento, cada angustia e cada dor. Tudo outra vez…”, escreveu Ana no seu blog, e começa por explicar: “Após regressar de umas férias onde tinha ficado com uma tosse que não melhorava, eu que nunca dou muita importância a estas coisas de tosses e constipações, decidi sair do escritório ao final de um dia de trabalho e ir às urgências, em vez de ir para casa. Nas urgências – onde fiz uma radiografia – a médica de serviço achou que poderia ter um problema na tiroide e mandou-me fazer uma TAC de urgência. A TAC acusou uma massa grande no mediastino (na zona do tórax imediatamente abaixo do pescoço) e o diagnóstico era ‘provavelmente um linfoma’, neste caso um linfoma que é sempre maligno ou seja, um cancro, e que estava localizado entre a veia cava e a traqueia, e que devido às dimensões estava já a pressionar a veia cava. Que é a veia principal que irriga o coração”.

A figura mediática do programa de mudanças da estação de Queluz revela ainda que não se lembra de mais nada daquele dia: “A partir do momento em que ouvi a palavra cancro, entrei literalmente em modo anestesiada!”.

Num espaço de 15 dias Ana Antunes submeteu-se a uma operação quando todos os técnicos afirmavam não saber como tinha sobrevivo tanto tempo assim: “Quando dei por mim estava de operação marcada e exames feitos e a minha cabeça parecia um filme em fast forward!”.

Embora tenha corrido bem, a operação afetou-lhe o nervo recorrente – o responsável pela fala, respiração entre outras tarefas como comer. Quando acordou Ana recorda que estava com uma das cordas vocais paralisada e sem voz: “Passa-nos tudo pela cabeça quando pensamos que podemos ter de deixar de fazer o que mais gostamos”, escreveu a decoradora.

Certo é que, duas semanas após a primeira operação, Ana Antunes teve de repetir o processo. “O diagnóstico do exame do tumor que foi retirado teve de ter analisado e voltado a analisar por patologistas que, ficaram muito confusos com o facto de efetivamente o tumor conter células linfocitas (cancro maligno), mas que tendo estado tanto tempo dentro de mim como é que eu ainda estava viva!!… Foi só ao fim de algum tempo que chegou o diagnóstico que para além destes efeitos colaterais da localização do tumor, tenho uma doença rara cuja estatística é de 23 pessoas diagnosticadas em um milhão, e que se chama doença de Castleman”, continuou a contar a artista.

O rosto da TVI explica, ainda, aos leitores que se trata de “um linfoma benigno que se pode desenvolver na região toráxica ou na região do abdómen e que, dependendo da sua localização, pode tornar-se mais grave ou menos grave, operável ou não operável. A forma localizada que consiste na formação de um nódulo linfático localizado e que regride sem sequelas após remoção cirúrgica, ou a forma multicêntrica que se espalha e necessita de quimioterapia. De todos os momentos angustiantes e dos sustos que passei nos últimos dois meses, felizmente que a minha foi a primeira.”

Ana Antunes não termina, no entanto, o texto sem fazer um apelo a todos: “Nunca devemos ignorar os sintomas e os sinais que o nosso corpo nos dá”.