Eduardo Oliveira, repórter da NiT, ‘infiltrou-se’ no casting dos ‘Morangos com Açúcar’, no passado sábado e revelou como tudo aconteceu.
Eduardo Oliveira marcou presença no casting dos ‘Morangos com Açúcar‘ e confessou que ficou desiludido. O repórter ‘infiltrado’ contou tudo na NiT.
Chegou às 6h30 e várias pessoas já lá estavam desde o dia anterior a dormir em tendas. À medida que os concorrentes iam fazendo o casting, contavam as novidades a quem esperava entrar, nomeadamente que davam um bilhete dourado a quem passa à próxima fase.
Eduardo Oliveira recebeu o autocolante com o número às 10h39. “Sim, cheguei às 6h30 e mesmo assim tinha 905 pessoas à minha frente. Entrei no edifício pelas 13h30, e após ter recebido o meu número, só me lembro de duas ou três coisas (estava uma pilha de nervos)”, confessou.
“Fomos divididos em pares. Comigo ficou uma jovem que já participou em curtas-metragens universitárias e tirou um curso de dez meses para se formar como atriz. Ela já estava nervosa, mas creio que piorei a situação quando lhe disse que não tenho qualquer formação e não representava há muito tempo — fora as cenas que faço entre amigos no dia-a-dia”, acrescentou.
Todos os concorrentes foram informados que não podiam tirar fotografias e preencheram uma folha com as informações pessoais. De seguida, tiveram que decorar algumas falas.
“Tivemos direito a 15 minutos para praticarmos até estarmos à frente de uma pessoa da equipa que nos avaliaria. Representámos numa sala forrada a madeira, onde apenas estava um homem sentado a uma secretária e uma câmara. Entre um candidato e outro ia aproveitando para comer um hambúrguer. Não havia tempo a perder para conseguir avaliar toda a gente da extensa fila. Se antes estava ligeiramente nervoso, ver aquele cenário ajudou-me a descontrair”, acrescentou.
No final, um membro da equipa disse aos dois para estarem atentos ao email, algo que o deixou triste. “Isto porque aqueles que já foram selecionados para a próxima fase receberam, como já referi, os bilhetes dourados (bem ao estilo Willy Wonka). Confesso: este desgosto veio piorar uma experiência já deprimente. Quando pensamos nos ‘Morangos com Açúcar’ pensamos nos corredores da escola cheios de animação, nas músicas aceleradas que ajudavam a fazer avançar a ação. Creio que isto foi algo que faltou no casting”, continuou.
“Muitos saíram de lá com os sonhos despedaçados (um resultado previsível) e umas fotografias com personagens das temporadas antigas, e, quem sabe, uma banca com merchandising da série poderia ter ajudado a aliviar o embate com a realidade. (…) eu despedi-me pelas 14h15, de mãos a abanar, com uma enorme dor de costas (consequência das sete horas que passei em pé) e bastante deprimido. O facto de não ter sido revelado spoiler algum em relação ao novo capítulo também contribuiu para minha disposição. Em protesto, não pretendo comer morangos com açúcar nos próximos tempos”, rematou.