O Conselho de Redação (CR) da TVI apoia, por unanimidade, Ana Leal, que acusou a diretora adjunta de informação da estação, Judite Sousa por censurar do Jornal das 8 do dia 26 de janeiro uma reportagem sobre o Departamento Central de Investigação e Ação Penal. Para o CR da estação de Queluz de Baixo a decisão de Judite Sousa de não emitir a peça sobre o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal, «prejudica a credibilidade da TVI», avança a edição de domingo do jornal Correio da Manhã segundo a ata a que a publicação teve acesso.
Com base no referido documento, José Alberto Carvalho, discorda da redação e fez declaração de voto, na qual apoia a decisão da diretora-adjunta. O diretor de informação, recusa discutir o assunto por este ter sido tornado público, lança suspeitas de «fuga de informação» e «reafirma a total confiança nos critérios editoriais definidos» por Judite Sousa. O CR considera «inaceitável a forma como a direção toma as decisões editoriais distante do debate saudável com os jornalistas».
Recorde-se que a referida reportagem a acabou por ser emitida no programa 25ªHora, da TVI24. Esta não é a primeira acusação que visa a diretora-adjunta depois de alegadamente ter sonegado um trabalho jornalístico que tinha como protagonista o candidato independente à Câmara Municipal de Sintra, Marco Almeida, atual vice-presidente de Fernando Seara, marido de Judite Sousa.
Fontes da estação, contaram ao CM que o clima vivido na redação do quarto canal é tenso, em especial depois do episódio ocorrido na Gala de Aniversário da TVI, quando José Alberto Carvalho e Judite Sousa foram vaiados no momento que subiram ao palco. «As pessoas têm receio de falar, de serem frontais. Isto está de tal modo que questionaram jornalistas se foram eles que vaiaram a Judite na gala da TVI», explicam.
Contactadas pelo jornal, nem a diretora adjunta Judite Sousa nem a jornalista Ana Leal teceram qualquer comentário sobre o assunto.
