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Profissionais da TVI não estão contentes e podem sair da estação

A Televisão
7 min leitura

A SIC e a SP Televisão andam a sondar actores e técnicos da TVI/NBP. A falta de condições, o não pagamento das horas extraordinárias e os baixos salários são os principais motivos para os profissionais virarem as costas. Uns ainda ficam na TVI, outros estão indecisos e há quem vá mesmo embora. A guerra está aberta…

A SIC de Nuno Santos e Vergílio Castelo já “roubou” à TVI duas das suas “maiores” caras: Diana Chaves e Cláudia Vieira. Depois disto, e de outros “roubos”, Moniz decidiu actuar, mas sem aumentar muito os ordenados; o principal problema é esse e não agrada nada aos profissionais da NBP. Segundo fonte próxima da NBP, que falou ao “24 Horas”, “Os ordenados são miseráveis”.

Entretanto, a TVI já começou a negociar alguns contratos. Um caso desses é o de Rodrigo Menezes. O actor, que recebe cerca de 4 mil euros por mês, está já a negociar uma proposta de exclusividade por três anos e 2 mil euros a mais no seu ordenado. Esta semana, a actriz Mariana Monteiro assinou de novo com a TVI, onde ganha 4 mil euros por mês.

Os valores destes dois actores estão longe daqueles que Diana Chaves foi receber para a SIC (especula-se que o valor seja de 15 mil euros por mês). O salário de Diana Chaves não parece estar nos planos de Moniz para ser o modelo a seguir para pagar aos seus profissionais. A excepção é mesmo Alexandra Lencastre (foi sondada pela SIC, mas ficou na estação de Queluz, apesar de mostrar vontade em entrar, futuramente, em projectos da estação) que recebe 22 mil euros por mês. Outros exclusivos da TVI ganham menos, por exemplo, Rogério Samora ganha 15 mil euros/mês, Margarida Vila-Nova ganha entre 8500 e 11 mil euros/mês, Eunice Muñoz ganha 8500 euros/mês, Ruy de Carvalho ganha 8500 euros/mês, Nuno Homem de Sá ganha 8 mil euros/mês, Marco António del Carlo ganha entre 6 e 8 mil euros/mês, António Pedro Cerdeira ganha entre 6 e 8 mil euros/mês e Rita Pereira ganha 4500 euros/mês.

Moniz não se mostra preocupado, dizendo que “Da mesma maneira que há uns a ir, outros virão, não me preocupa nada disso. Quem nós queremos que esteja genuinamente connosco está. Lamento que a Diana [Chaves] vá, mas é uma opção dela.”. Até porque acredita que tem o melhor projecto de ficção nacional, acrescentando que “Temos um grande projecto dificilmente igualável em Portugal nos próximo 10 ou 15 anos.”.

Para que não continue a perder profissionais, o Director Geral da TVI tem andado a pressionar os actores. Segundo a mesma fonte do “24 Horas”, revela ainda que Gabriela Sobral (responsável pela produção nacional) e André Cerqueira (director de produção) ajudam-no neste plano. Segundo fontes próximas da NBP, confessam ao jornal que a pressão é tanta que há pessoas a sentirem-se desconfortáveis.

Segundo o “24 Horas”, Dalila Carmo tem feito frente à TVI. Dalila Carmo queria ir fazer a novela de Rui Vilhena, mas a TVI não quer. Segundo a mesma fonte, a actriz é um dos nomes que a SIC anda a sondar. E acrescenta: “Ela está um bocado indecisa, na dúvida se deve ir ou não.”. Durante as gravações de “Equador”, numa tarde em Lisboa, Dalila não se mostrou muito contente com o rumo das coisas e disse “Como sou da TVI e eles fazem projectos para nós e nós não sabemos… Eu espero que não me arranjem nada sem eu saber. Gosto de poder dialogar.”.

Para além da NBP escolher os projectos para os actores, outro dos problemas é o pagamento. “A TVI ou repensa os ordenados ou vai perder muita gente. Nm horas extraordinárias pagam.”, diz a mesma fonte. Por exemplo, “Casos da Vida”, um projecto onde gravam cinco dias seguidos, das 8h00 até às 5h00 da manhã do outro dia, “Eles pagam 200 euros por um dia. O máximo a que chegaram foi de 400 euros.”.

As más condições que a NBP dá aos profissionais são outro factor do desagrado. “Somos tratados como gado. Os actores nem têm uma sala onde possam estar nos estúdios, têm uns barracões.”, diz a fonte próxima da produtora que acrescenta que “Um dia destes, em conversa com uns actores da “Vila Faia” [produção da SP Filmes] fiquei a saber que eles até tinham massagista.”.

Recentemente, João Ricardo e Joana Seixas mudaram-se para a SIC, mas Nuno Santos e Vergílio Castelo também sondaram outras caras da NBP e não tiveram sucesso. António Cerdeira é caso disso, pois recusou uma proposta mais vantajosa da SIC para ficar na TVI. Pedro Granger, que é exclusivo da estação de Queluz até 2009, também foi sondado.

Os baixos ordenados fizeram, também, que técnicos fossem da NBP para a SP Televisão, produtora gerida por António Parente, antigo director da NBP. Outro profissional ligado às novelas da NBP confirma que “Já saiu muita gente. Os melhores técnicos já saíram.”. O “24 Horas” apurou ainda que aquela que era considerada a melhor equipa de produção de “Fascínios” vai deixar a produtora. Também “Feitiço de Amor” perdeu para a SP Televisão o realizador Miguel Guerreiro, que saiu com outros elementos da produção. Já antes, a novela “Deixa-me Amar” tinha perdido, para a mesma produtora, quatro profissionais. “A NBP está em dificuldades.”, diz fonte próxima da NBP. As gravações de “A Força do Mal”, de Rui Vilhena, começam em Agosto, mas como parte da equipa que a ia fazer saiu, “a NBP ficou na mão”, diz a mesma fonte.

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