Cristina Ferreira ficou revoltada com o “ataque” que lhe foi feito pela revista Sábado. No fim de semana passado, no ‘Jornal das 8’, criticou este órgão de comunicação e denunciou, ainda, o cyberbullying que é feito nas redes sociais.
Na capa dessa mesma revista, em letras garrafais, surge o seguinte título. “Cristina. Guerras, poder e a queda“. Como chamadas de atenção, tem ainda palavras como “megalómana“, “supersticiosa” ou a afirmação de que “sorri sempre em público, mas grita e insulta colaboradores“. Para ela, trata-se de um ataque pessoal que em nada se insere nos padrões éticos e morais do jornalismo.
Menos de uma semana depois, a resposta surgiu pela escrita de Eduardo Dâmaso. O cronista não só não se desculpou, em nome da revista, como teceu ainda uma outra série de críticas à “acionista da Media Capital“.
“O que aconteceria se outro acionista qualquer, de outro meio de informação ou grupo, tivesse o privilégio de dispor da sua meia hora de prime-time nas suas respetivas estações de televisão?“, questionou, de imediato, no subtítulo. E continuou no próprio artigo.
“A acionista da Media Capital Cristina Ferreira usou o seu púlpito em horário nobre para ir ao ‘Jornal das 8’ da TVI fazer propaganda de si própria e um ataque rasteiro à revista Sábado, bem como aos seus profissionais“, lamentou.
“A acionista Cristina Ferreira está a atribuir-se a si própria vantagens de acesso à antena de uma televisão, em espaços informativos e, portanto, fora do seu perímetro de atuação profissional, que nenhum outro acionista de órgãos de comunicação social possui em Portugal“, continuou.
“A acionista Cristina Ferreira foi ali promover uma sua publicação e relacionar o início desta sua recente cruzada contra os comentários difamatórios na Internet com o momento da sua saída da SIC, estação que lhe exige uma indemnização de 20 milhões de euros por quebra contratual“, acrescentou ainda o cronista.
De seguida, porém, garantiu que tal não lhe importa, mas prosseguiu nas críticas: “O que já nos importa é que a acionista Cristina Ferreira tenha relacionado o jornalismo da Sábado com os detritos cibernéticos de que se queixa. Pela nossa parte, abrace as causas que lhe dão jeito (…) Não pode é mentir, manipular e utilizar abusivamente o título da Sábado“.
Segundo Eduardo Dâmaso, Cristina Ferreira desrespeitou “o trabalho dos honestos profissionais” que integram a redação da revista Sábado. “Já agora, diga-se, profissionais que há muito veem o seu trabalho ser utilizado nos programas da acionista Cristina Ferreira sem respeito por quaisquer regras de deontologia profissional“, atirou.
O colunista garantiu ainda que a revista Sábado não persegue Cristina Ferreira nem qualquer outra pessoa. “Noticiamos factos e, nessa matéria, não ficamos à porta de nenhum poder, muito menos à da acionista Cristina Ferreira”, explicou. “Orgulhamo-nos pela forma como servimos os nossos leitores e defendemos o interesse público“.
Por fim, Eduardo Dâmaso acusou ainda Cristina Ferreira de querer controlar os media e prometeu oposição. “O que a acionista Cristina Ferreira quer, pelos vistos, não é apenas isso. Também gostaria de limitar a liberdade de informar e de expressão dos jornalistas dos meios de comunicação social de que não gosta ou não domina. É essa a sua cruzada prioritária“, rematou.
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